segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Será orgulho? Será preconceito? Será ignorância? Ou isso e muito mais?



UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPLINA: DISCIPLINA: ENSINO DE ANÁLISE LINGÜÍSTICA
PROFESSORA: ÁUREA ZAVAM
ALUNA: MARIA CELESTE BRAGA SALES PINHEIRO



FORTALEZA-CE
2002
Será orgulho? Será preconceito? Será ignorância? Ou isso e muito mais?

Maria Celeste Braga Sales Pinheiro.

O ensino de gramática nas escolas está mudando? Às vezes parece que sim, outras que não. Alguns resultados de pesquisas afirmam que sim. A realidade do dia-a-dia mostra o inverso.
            Verdade mesmo é o fato de que não se pode dizer que não se tenha tentado ou que se continue tentando mudar. Pelo menos por parte dos novos professores formados que tiveram uma experiência com o método inovador pregado pela Lingüística e pela Sociolingüística e acabaram se apaixonando pelas propostas. Mas, os cultivadores desses ideais, embora em número razoável e crescente, ainda são limitados ou até mesmo depreciados pelos sistemas das instituições de ensino.
            O que se sabe é que, não é mais possível aceitar que a gramática tradicional ou normativa continue sendo considerada doutrina sagrada, indefectível, irrefutável, pois, dessa forma só vem a corroborar com a idéia de que o ensino de gramática nas escolas tende a ser preconceituoso e antipático uma vez que trata seus preceitos de forma inflexível.
 Para a escola e para os gramáticos parece que pouco importa os estudos feitos pelos lingüistas, sociolingüistas e estilistas que mostram e demonstram à instabilidade constitutiva que envolve o funcionamento da língua ou simplesmente fazem vistas grossas acerca desse fato.
Talvez, os gramáticos acreditem que o que se quer é a extinção da gramática, o que não é verdade. O que se espera é que haja uma reformulação quanto aos seus ideais  cristalizados e canonizados.
            Em síntese, não nos mostramos inteiramente contra a gramática. Nós só propomos que haja uma abertura às considerações dos lingüistas, para que haja um equilíbrio entre essas duas propostas ou tipos de ensino (tradicional e inovador). Em outras palavras, o objetivo do ensino da língua não é o de ensinar o que a gramática denomina de norma e impõe como regra, o objetivo deve ser o de mostrar ao aluno que regra existe mas no plural, fato que deve ser demonstrado pelo professor ao “criar situações de experiências lingüísticas diferenciadas e continuadas para que o aluno estenda o conhecimento que ele tem da sua língua, da sua variedade vernacular para outras, sociais, estilísticas”.

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