UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
DISCIPLINA: DISCIPLINA: ENSINO DE ANÁLISE
LINGÜÍSTICA
PROFESSORA: ÁUREA ZAVAM
ALUNA: MARIA CELESTE BRAGA SALES PINHEIRO
FORTALEZA-CE
2002
Será
orgulho? Será preconceito? Será ignorância? Ou isso e muito mais?
Maria
Celeste Braga Sales Pinheiro.
O ensino de gramática nas escolas está mudando? Às vezes parece que
sim, outras que não. Alguns resultados de pesquisas afirmam que sim. A
realidade do dia-a-dia mostra o inverso.
Verdade mesmo é o fato de que não se
pode dizer que não se tenha tentado ou que se continue tentando mudar. Pelo
menos por parte dos novos professores formados que tiveram uma experiência com
o método inovador pregado pela Lingüística e pela Sociolingüística e acabaram
se apaixonando pelas propostas. Mas, os cultivadores desses ideais, embora em
número razoável e crescente, ainda são limitados ou até mesmo depreciados pelos
sistemas das instituições de ensino.
O que se sabe é que, não é mais
possível aceitar que a gramática tradicional ou normativa continue sendo
considerada doutrina sagrada, indefectível, irrefutável, pois, dessa forma só
vem a corroborar com a idéia de que o ensino de gramática nas escolas tende a
ser preconceituoso e antipático uma vez que trata seus preceitos de forma
inflexível.
Para a escola e
para os gramáticos parece que pouco importa os estudos feitos pelos lingüistas,
sociolingüistas e estilistas que mostram e demonstram à instabilidade
constitutiva que envolve o funcionamento da língua ou simplesmente fazem vistas
grossas acerca desse fato.
Talvez, os gramáticos acreditem que o que se quer é a
extinção da gramática, o que não é verdade. O que se espera é que haja uma
reformulação quanto aos seus ideais
cristalizados e canonizados.
Em síntese, não nos mostramos
inteiramente contra a gramática. Nós só propomos que haja uma abertura às
considerações dos lingüistas, para que haja um equilíbrio entre essas duas
propostas ou tipos de ensino (tradicional e inovador). Em outras palavras, o
objetivo do ensino da língua não é o de ensinar o que a gramática denomina de norma
e impõe como regra, o objetivo deve ser o de mostrar ao aluno que regra existe
mas no plural, fato que deve ser demonstrado pelo professor ao “criar situações
de experiências lingüísticas diferenciadas e continuadas para que o aluno
estenda o conhecimento que ele tem da sua língua, da sua variedade vernacular
para outras, sociais, estilísticas”.
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