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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

EXERCÍCIOS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO.

POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho
(Mário Quintana)
01-Entre os sentidos figurados de “passarinho” no poema de Mário Quintana, é correto incluir o de
A) frouxidão.
B) pesadume.
C) suavidade.
D) inconstância.
E) descontentamento.

02-Quanto à palavra “passarão” no poema, é correto afirmar que ela permite exclusivamente

A) uma leitura verbal conotativa.
B) uma leitura nominal denotativa.
C) uma leitura conotativa, nominal e verbal.
D) uma leitura denotativa, nominal e verbal.
E) uma leitura denotativa e conotativa, nominal e verbal.


O PAVÃO
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120.
03-No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa para para o artista
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris.
(B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores.
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.


Mente quieta, corpo saudável
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
Revista Superinteressante, outubro de 2003
04-O texto tem por finalidade
(A) criticar.
(B) conscientizar.
(C) denunciar.
(D) informar.


O namoro na adolescência
Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.
SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984.

05-Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família. O argumento que defende essa idéia é
(A) a família é o anteparo das frustrações.
(B) a família tem uma relação harmoniosa.
(C) o adolescente segue o exemplo da família.
(D) o apoio da família dá segurança ao jovem.


Pressa
Só tenho tempo pras manchetes
no metrô
E o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não
vejo
no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
na crítica do leitor
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim
Eu me concentro em apostilas
coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem
enquanto rola o comercial
Conheço quase o mundo inteiro
por cartão-postal
Eu sei de quase tudo um pouco
e quase tudo mal
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa
mas nada tanto assi
Bruno & Leoni Fortunato. Greatest Hits’80. WEA.
06-Identifica-se termo da linguagem informal em
(A) “Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.” (v. 14-15)
(B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!” (v. 16-17)
(C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.” (v. 18-19)
(D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.” (v. 20-21)

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07-A partir da leitura do texto, pode-se dizer que ele apresenta uma sequência
(A)apelativa
(B)argumentativa
(C)descritiva
(D)narrativa
(E)injuntiva


OS EMPRÉSTIMOS NA LÍNGUA PORTUGUESA
As palavras de origem estrangeira formam uma fonte incalculável de riqueza do idioma de nossa pátria. Na idade média, o português era falado com uso de apenas 15.000 palavras. Lá pela metade do século XVI, com as grandes navegações, esse número aumentou para 3.000 . No fim do século XIX os dicionários continham cerca de 90.000 vocábulos . Em 1980 exisitiam aproximadamente 360.000 palavras . Com isso observamos que os empréstimos de palavras provenientes de outras línguas,longe de empobrecer,tornam o nosso idioma mais abrangente e culto . Não poderia ser de outra maneira . Tudo o que vem de fora, permanece.
08-O texto acima tem como finalidade
(A)criticar
(B)divertir
(C)emocionar
(D)informar
(E)refletir


O baiano Renato Pereira dos Santos, 26 anos, é brasileiro desses que se veem em qualquer ponto de ônibus. Há quatro anos, viajou a São Paulo com uma mala de couro para tentar mudar de vida. Não conseguiu emprego fixo nem teto para morar. Trabalhando como pedreiro, quando tem serviço dorme em galpão de obra. Desempregado, reside de favor na casa de amigos. Todos os domingos, Renato passava em frente a um bar na Vila Madalena, um dos pontos animados de São Paulo, e admirava a alegria dos fregueses. Na madrugada de segunda-feira, 10, o pedreiro Renato resolveu ir à forra.
Depois que todos haviam ido embora, arrombou o bar com um pedaço de ferro. Ao entrar, foi direto para a cozinha. Ele já trabalhou como garçom e não teve dificuldades para preparar o cardápio de sua refeição.
No freezer escolheu dois pedaços de frango. Preparou um molho de pimenta e farofa. No barril de chope, serviu-se à vontade. De sobremesa, sorvete de morango. Separou 22 CDs, 9 fitas de vídeo, e alguns alto-falantes em uma sacola. Caiu no sono. O pedreiro acordou com o barulho da porta de ferro se abrindo. As proprietárias chegaram. Renato foi preso.
A forra do peão
09-Na expressão “não conseguiu emprego nem teto para morar”, a palavra destacada tem valor de
(A)adição
(B)adversidade
(C)comparação
(D)conclusão
(E)explicação


Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
O assassino era o escriba (Paulo Leminski)
10-Na frase “ele não tinha dúvidas”, a palavra em destaque se refere
(A)ao artigo   
(B)ao pleonasmo    
(C)ao professor    
(D)ao pronome   
(E)ao sujeito inexistente

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