O PULO
A Onça encontrou com o Gato e pediu:
– Amigo Gato, você me ensina a pular?
O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade – parecia um Gato gigante.
– Você é um professor maravilhoso, amigo Gato! – dizia a Onça, agradando.
Uma tarde, depois da aula, foram beber água no riacho. E a Onça fez uma aposta:
– Vamos ver quem pula naquela pedra?
–Vamos lá!
– Então, você pula primeiro – ordenou a Onça.
O Gato – zuuum – pulou em cima da pedra. E a Onça – procotó – deu um pulo traiçoeiro em cima do Gato.
Mas o Gato pulou de lado e escapuliu tão rápido como a ventania.
A Onça ficou vermelha de raiva:
– É assim? Esta parte você não ensinou pra mim!
E o Gato respondeu cantando:
– O pulo de lado é o segredo do Gato!
A Onça encontrou com o Gato e pediu:
– Amigo Gato, você me ensina a pular?
O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade – parecia um Gato gigante.
– Você é um professor maravilhoso, amigo Gato! – dizia a Onça, agradando.
Uma tarde, depois da aula, foram beber água no riacho. E a Onça fez uma aposta:
– Vamos ver quem pula naquela pedra?
–Vamos lá!
– Então, você pula primeiro – ordenou a Onça.
O Gato – zuuum – pulou em cima da pedra. E a Onça – procotó – deu um pulo traiçoeiro em cima do Gato.
Mas o Gato pulou de lado e escapuliu tão rápido como a ventania.
A Onça ficou vermelha de raiva:
– É assim? Esta parte você não ensinou pra mim!
E o Gato respondeu cantando:
– O pulo de lado é o segredo do Gato!
MARQUES, Francisco. O pulo. In: A floresta da Brejaúva. Belo Horizonte: Dimensão, 1995.
Para escapar da onça, o gato
(A) cantou para a onça dormir
(B) nadou na água do riacho
(C) pulou de lado na pedra
(C) pulou de lado na pedra
(D) entrou no buraco da árvore
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de fazer pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem, por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem–sucedido estouro do milho está na casca. É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que:
(A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo seja mais transparente que a casca.
(D) a casca seja mais amarela que o núcleo.
Não importa a maneira de fazer pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem, por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem–sucedido estouro do milho está na casca. É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que:
(A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo seja mais transparente que a casca.
(D) a casca seja mais amarela que o núcleo.
Medidas, no espaço e no tempo, de Stanislaw Ponte
Preta
A medida, no espaço e no tempo, varia de acordo com as circunstâncias. E nisso vai o temperamento de cada um, o ofício, o ambiente em que vive.
Nossa falecida avó media na base do novelo. Pobre que era, aceitava encomendas de crochê e disso tirava o seu sustento. Muitas vezes ouvimo-la dizer:
– Hoje estou um pouco cansada. Só vou trabalhar três novelos. Nós todos sabíamos que ela levava uma média de duas horas para tecer cada um dos rolos de lã. Por isso, ninguém estranhava quando dizia que queria jantar dali a meio novelo. Era só fazer a conversão em horas e botar a comida na mesa sessenta minutos depois.
Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua. Isso é ponto pacífico, embora, há alguns anos, por distração, eu assistisse a um desses terríveis filmes de carnaval do Oscarito, em que apareciam diversos índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.
Sim, os índios medem o tempo pelas luas, os ricos medem o valor dos semelhantes pelo dinheiro, vovó media as horas pelos seus novelos e todos nós, em maior ou menor escala, medimos distâncias e dias com aquilo que melhor nos convier.
Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light [companhia de luz] e a luz faltou. Para a maioria, a escuridão durou duas horas; para Raul, não. Ele, que se prepara para um exame, tem que aproveitar todas as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de dentro, com os olhos vermelhos do esforço, a reclamar:
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos menos, dão uma idéia mais aproximada daquilo que queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora, outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um prolongado olhar de convite ao pecado. Fingi não perceber, mas pensei: “Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
Sérgio Porto
A medida, no espaço e no tempo, varia de acordo com as circunstâncias. E nisso vai o temperamento de cada um, o ofício, o ambiente em que vive.
Nossa falecida avó media na base do novelo. Pobre que era, aceitava encomendas de crochê e disso tirava o seu sustento. Muitas vezes ouvimo-la dizer:
– Hoje estou um pouco cansada. Só vou trabalhar três novelos. Nós todos sabíamos que ela levava uma média de duas horas para tecer cada um dos rolos de lã. Por isso, ninguém estranhava quando dizia que queria jantar dali a meio novelo. Era só fazer a conversão em horas e botar a comida na mesa sessenta minutos depois.
Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua. Isso é ponto pacífico, embora, há alguns anos, por distração, eu assistisse a um desses terríveis filmes de carnaval do Oscarito, em que apareciam diversos índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.
Sim, os índios medem o tempo pelas luas, os ricos medem o valor dos semelhantes pelo dinheiro, vovó media as horas pelos seus novelos e todos nós, em maior ou menor escala, medimos distâncias e dias com aquilo que melhor nos convier.
Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light [companhia de luz] e a luz faltou. Para a maioria, a escuridão durou duas horas; para Raul, não. Ele, que se prepara para um exame, tem que aproveitar todas as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de dentro, com os olhos vermelhos do esforço, a reclamar:
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos menos, dão uma idéia mais aproximada daquilo que queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora, outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um prolongado olhar de convite ao pecado. Fingi não perceber, mas pensei: “Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
Sérgio Porto
(In Flora Bender e Ilka Laurito, Crônica: história,
teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993, p. 96-97)
Assinale a alternativa que contém a ideia principal da crônica:
(A) “Para a maioria, a escuridão durou duas horas; para Raul, não”.
(B) “Era só fazer a conversão em horas e botar a comida na mesa sessenta minutos depois”.
(C) “Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light [companhia de luz] e a luz faltou”.
(D) “todos nós, em maior ou menor escala, medimos distâncias e dias com aquilo que melhor nos convier”.
Os mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho, em redes sociais e no twitter,[...] serão os que voltar se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso. E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste à manutenção de uma opinião própria. Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.
http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras-eletronicos/?topo=77,2,18
Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que
(A) têm pouca capacidade de raciocínio.
(B) adoram o técnico da seleção .
(C) falam mal do Dunga.
(D) seguem a opinião dos outros.
O Xá do Blá-blá-blá
Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade,
a mais triste das cidades, uma cidade tão arrasadoramente triste que tinha
esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de
peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que faziam
as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas
fábricas nas quais a tristeza (assim me disseram) era literalmente fabricada, e
depois embalada e enviada para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais.
Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que
pairava sobre a cidade como uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São
Paulo: Companhia das Letras, 2010.
O trecho do texto que indica uma
consequência é
(A) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.
(B) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos “.
(C) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.
(D) ”Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas”.
(A) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.
(B) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos “.
(C) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.
(D) ”Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas”.
Epitáfio
Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
[...]
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
[...]
http://letras.terra.com.br/titas/48968/
O tema central da letra da música é:
(A) a eternização do amor como solução para os problemas da vida.
(B) o arrependimento por não ter aproveitado mais as coisas da vida.
(C) a preocupação por não saber o que fazer nas diversas situações de vida.
(D) o sentimento de morte que perpassa todas as simples situações da vida.
Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
[...]
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
[...]
http://letras.terra.com.br/titas/48968/
O tema central da letra da música é:
(A) a eternização do amor como solução para os problemas da vida.
(B) o arrependimento por não ter aproveitado mais as coisas da vida.
(C) a preocupação por não saber o que fazer nas diversas situações de vida.
(D) o sentimento de morte que perpassa todas as simples situações da vida.
Passo a passo
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a caminhada.
- A desidratação causa diminuição de 30% no rendimento do praticante.
- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar mais cuidado com a hidratação. Nesse caso, é essencial levar uma garrafa de água para beber durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A sede é o primeiro sinal de desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
-Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas ou de água-de-coco é recomendada.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado para antes da prática. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para depois.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no caminho. A distração pode causar acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda: alguns trajes causam assaduras nas coxas.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e uma garrafa de água ou cantil não podem faltar. Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva, repelente de insetos e um cajado também são recomendáveis.
(Folhaequilíbrio, São Paulo, 9 mar. 2006, p. 8)
A finalidade do texto é:
(A) fazer propaganda do projeto de um clube.
(B) fazer recomendações para uma boa caminhada.
(C) explicar os benefícios da prática da caminhada.
(D) convocar o leitor a fazer exercícios aeróbicos.
Texto I
Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones de
clones, derrubaram os obstáculos técnicos à clonagem. Eles foram produzidos por
dois cientistas da Universidade do Havaí num estudo considerado revolucionário
pela revista britânica “Nature”, uma das mais importantes do mundo. (...) A
notícia de que cientistas da Universidade do Havaí desenvolveram uma técnica
eficiente de clonagem fez muitos pesquisadores temerem o uso do método para
clonar seres humanos.
O Globo. Caderno
Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36.
Texto II
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 50
ratos a partir de células de animais adultos, inclusive de alguns já clonados.
Seriam os primeiros clones de clones, segundo estudos publicados na edição de
hoje da revista “Nature”. A técnica empregada na pesquisa teria um
aproveitamento de embriões — da fertilização ao nascimento — três vezes maior
que a técnica utilizada por pesquisadores britânicos para gerar a ovelha Dolly.
Folha de S.Paulo. 1º
caderno – Mundo. 03 jul. 1998, p. 16.
Os dois textos tratam de clonagem. Qual aspecto
dessa questão é tratado apenas no texto I?
(A) A divulgação da clonagem de 50 ratos.
(B) A referência à eficácia da nova técnica de
clonagem.
(C) O temor de que seres humanos sejam clonados.
(D) A informação acerca dos pesquisadores
envolvidos no experimento.
O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
(Revista Escola, março 2004, p. 63)
Pode-se deduzir do texto que Bruno:
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.
No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
O pavão
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120)
No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa o artista
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris.
(B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores.
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.
Lambe-lambe
Por Márcio Cotrim
Nome de profissional que perdeu espaço na era da foto digital pode ajudar a entender a evolução da imagem fotográfica.
Os leitores mais jovens não devem saber o que é isso. A eles, já explico. Anos atrás, “lambe-lambe” era o fotógrafo instantâneo querido e popular que, trabalhando ao ar livre – geralmente em jardins públicos –, produzia, com pouquíssimos recursos de que dispunha, fotos que retratavam, para a posteridade, flagrantes muito especiais. Aquele sujeito circunspecto, todo paramentado, a mocinha casadoira, a família reunida durante um passeio, o casal enamorado, momentos que se esvaem na poeira dos anos.
Com a evolução tecnológica e a pressa de hoje, sobrevivem raros lambes-lambes, sobretudo nas pequenas cidades do interior, fazendo apenas retratos tipo 3x4 para documentos.
Mas por que era chamado de lambe-lambe? “Lamber” vem do latim lambere, com o mesmo significado que conhecemos. O curioso nome tem origem num gesto comum no antigo exercício da profissão. É que o fotógrafo usava a saliva, lambia o material sensível para marcar e identificar de que lado estava a emulsão química usada para fixar a imagem no papel ou chapa, e não colocá-lo do lado errado na hora bater a fotografia. (...)
Língua Portuguesa. Ano II. Número 20. 2007. p.65.
Esse texto trata:
(A) da origem do nome lambe-lambe.
(B) da profissão de fotógrafo do passado.
(C) dos materiais usados em foto antiga.
(D) dos momentos gravados nas fotos.
Hierarquia
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas. Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o. O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”
MORAL: Afinal, ninguém é tão inferior assim.
SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.
Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
Ao encontrar um ratinho, o leão aproveitou a oportunidade para:
(A) amedrontar o pobre rato.
(B) descarregar a sua raiva.
(C) mostrar sua autoridade.
(D) usar um vocabulário difícil.
O RIO
O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza.
O rio
Corria pela planície, contornando árvores e
molhando
grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por
grama
verde e macia.
O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando
que,
lá, ele lhe desse a mesma beleza. Mas o que
aconteceu foi
sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela
água.
O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe
falam
das belezas que antes admirava, ele diz que não se
lembra.
Não se lembra das planícies, das grandes pedras,
dos
reflexos do sol e da grama verde e macia.
Lembras-se
apenas da sua casa alagada e de suas coisas
perdidas pela
corrente.
Oswaldo França Júnior
Conto do livro “As Laranjas Iguais”
Ed Nova Fronteira 1985
NO TRECHO "... E SE ENTUSISMOU PELA SUA
BELEZA.", O TERMO DESTACADO REFERE-SE À PALAVRA
A)ÁRVORES
B)PEDRAS
C)PLANÍCIE
D)RIO
E)SOL
LEIA OS TEXTOS ABAIXO.
TEXTO 1 - Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
TEXTO 2 - DECLARAÇÃO DE AMOR
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Ás vezes se assusta com o imprevisto de uma frase...
ESSES DOIS TEXTOS
A)APRESENTAM O TEMA USANDO A MESMA ESTRUTURA
B)TÊM UMA VISÃO POÉTICA SOBRE O ATO DE ESCREVER
C)O TEXTO 1 REFERE-SE A QUALQUER FORMA ESCRITA
D) O TEXTO 2 APRESENTA O TEMA COM OBJETIVIDADE
LEIA O TEXTO ABAIXO
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
TEXTO 2 - DECLARAÇÃO DE AMOR
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Ás vezes se assusta com o imprevisto de uma frase...
ESSES DOIS TEXTOS
A)APRESENTAM O TEMA USANDO A MESMA ESTRUTURA
B)TÊM UMA VISÃO POÉTICA SOBRE O ATO DE ESCREVER
C)O TEXTO 1 REFERE-SE A QUALQUER FORMA ESCRITA
D) O TEXTO 2 APRESENTA O TEMA COM OBJETIVIDADE
LEIA O TEXTO ABAIXO
O DESTAQUE DADO À PALAVRA FORMAL, ASSOCIADO À EXPRESSÃO FACIAL DE HELGA, SUGERE:
A)HISTERIA
B)JULGAMENTO
C)ÓDIO
D)REPROVAÇÃO
E)SOFRIMENTO
LEIA O TEXTO ABAXO
25 06 2009
O Cavalo e o burro, ilustração de Frances Barlow,
metade do século XVII.
O cavalo e o burro
Monteiro Lobato
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O
cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o
burro — coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e
disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas
forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um pinote e relichou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas
quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
— Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que
seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por
isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora
arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como
o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
— Bem feito! exclamou o papagaio. Quem mandou ser
mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era
aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…
***
Em: Criança Brasileira, Theobaldo
Miranda Santos, Quarto Livro de Leitura: de acordo com os novos programas do
ensino primário. Rio de Janeiro, Agir: 1949.
VOCABULÁRIO:
Folgando:
descansando, alegrando-se;
excede: ultrapassa;
arque: aguente;
tropica: tropeça;
maldizem: lamentam; refuga:
rejeita.
—
José Bento Monteiro Lobato, (Taubaté, SP,
1882 – 1948). Escritor, contista; dedicou-se à literatura infantil. Foi um dos
fundadores da Companhia Editora Nacional. Chamava-se José Renato Monteiro
Lobato e alterou o nome posteriormente para José Bento.
O TRECHO QUE APRESENTA A MESMA RELAÇÃO ESTABELECIDA
PELA EXPRESSÃO DESTACADA EM EM CERTO PONTO, O BURRO PAROU...
A)...O REMÉDIO É REPARTIRMOS O PESO IRMANAMENTE...
B)O CAVALO PILHEROU DE NOVO
C)LOGO ADIANTE, PORÉM, O BURRO TROPICA...
D)...SEM EMORA ARRUMAM AS OITO ARROBAS...
E)...DÃO-LHE DE CHICOTE EM CIMA, SEM DÓ NEM PIEDADE
A)...O REMÉDIO É REPARTIRMOS O PESO IRMANAMENTE...
B)O CAVALO PILHEROU DE NOVO
C)LOGO ADIANTE, PORÉM, O BURRO TROPICA...
D)...SEM EMORA ARRUMAM AS OITO ARROBAS...
E)...DÃO-LHE DE CHICOTE EM CIMA, SEM DÓ NEM PIEDADE