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sábado, 14 de dezembro de 2013

O BÁSICO DO QUINHENTISMO - VÍDEO + RESUMO + LETRAS DE MÚSICAS + QUESTIONÁRIO BÁSICO

QUINHENTISMO – 1º período da era COLONIAL NO BRASIL: de 1500 a 1600 +/- (século XVI -16)
O QUINHENTISMO – recebe este nome, por abranger os anos de 1500 até 1599 Durante o Quinhentismo no Brasil, Portugal estava no Classicismo
Em 1500 o Brasil foi descoberto por portugueses que faziam parte de alguma expedição das “grandes navegações”: interessadas em descobrir novos caminhos pelo mar (marítimos) para chegar às Índias, novas terras para colonizar (dominar e explorar), novos produtos comercializáveis e altamente rentáveis (especiarias).

Especiaria(s) - material (PRODUTO), geralmente de origem vegetal, aromático, utilizado originalmente na conservação de alimentos. As plantas de origem das especiarias são usualmente espécies tropicais, embora isto não seja uma regra. EX.: condimentos (pimenta, cravo, canela, noz-moscada, etc...)

Dizem que o Brasil foi descoberto por acidente. Pois um mau tempo, uma tormenta/tempestade tirou as embarcações de seu curso de origem. Tiveram problemas com a falta de alimentação e estoque de água doce, daí precisaram aportar no primeiro lugar de “terra à vista”, seguro. Não é a toa que esse lugar se chamou PORTO SEGURO, em Salvador – Bahia (corruptela de BAÍA)

 Baía - são, normalmente, locais ideais para construção de portos e docas, ou seja, perfeitos para aportar navios sem encalhar. Por isso, a 1ª capital do Brasil - SALVADOR - BAHÍA Quando aqui aportaram pensaram ter chegado em/a algum lugar da Índia, daí o nome de índios aos nossos selvagens/silvícolas. Não encontraram especiarias, mas encontraram o “pau-brasil”, uma planta nativa da qual se extrai uma tintura vermelha muito apreciada comercialmente, na época. Daí ter sido o 1º produto de exploração. Pau-brasil: pau de brasa/cor de brasa (de fogo, vermelho) Brasil: em homenagem ao pau de brasa.

O QUINHENTISMO - 1ª escola literária do/no Brasil, mas não foi feita/escrita por “brasileiros”, uma vez que aqui só existiam índios (que não sabiam ler nem escrever). Não houve comunicação imediata entre brancos e índios, pois falavam o TUPI-GUARANI. Houve um choque cultural de pronto, desde o primeiro momento do encontro entre europeus e índios. Um dos maiores foi o fato de os índios serem PAGÃOS (não cristãos) e POLITEÍSTAS (acreditavam em vários deuses) POLI = muitos/vários TEÍSTA = TEO = DEO = DEUS/divindade Havia um interesse dos portugueses em dominá-los para usá-los em trabalhos pesados, como a derrubada das árvores, entre outros serviços domésticos ou não. Daí foram considerados a 1ª mão-de-obra (de trabalho). Alguns brancos os dominavam pelo medo/à força, outros pelo ESCAMBO.

Escambo – tipo de comércio direto de um serviço/trabalho pesado por um objeto de pouco valor, mas que para os índios (que não o conheciam e o admiravam) era valioso, EX: espelhos, pentes... Nos primeiros tempos os portugueses permaneceram apenas na zona litoral do Brasil, pois não se atreveram a enfrentar as feras selvagens do interior das matas/florestas Nesse período, muitos brancos se envolveram com as índias e formaram a 1ª geração miscigenada/mestiça: CABOCLO ou MAMELUCO = BRANCO + ÍNDIO * Os caboclos dominavam a cultura (conhecimentos e hábitos) dos brancos e dos indígenas.

Por volta de 1549/1550, os portugueses mandaram vir de Portugal os JESUÍTAS (padres) para catequizar os índios, ou seja, torna-los católicos/cristãos MONOTEÍSTAS (crença em um Deus só) e alfabetizá-los: ensinar a ler e escrever (através da bíblia) na/a língua portuguesa e aprender o TUPI-GUARANI), processo muito difícil e demorado.

MONO = um/único TEÍSTA = TEO = DEO = DEUS/divindade

A produção literária desse tempo foi de 2 tipos:
de DOCUMENTAÇÃO = de viagens
e
CATEQUÉTICA = de catequese.

A literatura de viagens ou documental – era baseada em registros, roteiros, diários de bordo feitos pelos escrivãos que tratavam/falavam à respeito dos acontecimentos durante as viagens das “grandes navegações”, das rotas/caminhos marítimos, das novidades encontradas em terra firme como os diferentes tipos de fauna e flora, as condições atmosféricas de clima e temperatura, acidentes geográficos da costa e todos os elementos que pudessem facilitar a repetição e prosseguimento dos novos percursos. Em outras palavras, eram documentos técnicos para orientação náutica.

 O principal escrivão/autor/escritor da época foi PERO VAZ DE CAMINHA e sua principal obra foi A CARTA DE CAMINHA, que falava sobre o “achamento” do Brasil

 A CARTA DE CAMINHA = CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO BRASIL. A literatura de catequese ou catequética – eram baseadas em obras de cunho religioso que eram usadas para alfabetizar os índios. O principal autor/escritor da época foi o PADRE JOSÉ DE ANCHIETA. Outro foi o PADRE MANUEL DA NÓBREGA

 AS LÍNGUAS GERAIS DO BRASIL – Para povoar a capitania de São Vicente, região que daria origem à província de São Paulo, foram enviados grupos de Colonos portugueses, que em geral passavam a viver com as índias locais. Desse convívio resultou uma geração mestiça (MAMELUCA), que falava a língua materna, ou seja, o TUPI. Com o passar do tempo e o crescimento dos povoados, a comunicação entre os membros dessa sociedade – índios, mamelucos e portugueses – acabou gerando uma língua franca, de base tupi, que receberia o nome de língua geral paulista. Tal língua caiu em desuso na segunda metade do século XVIII(18)

Durante cerca de dois séculos, essa língua predominou na província de São Paulo e generalizou-se. Os padres jesuítas difundiram seu uso na catequização de índios e os bandeirantes, em suas incursões pelo Brasil.

Em meados do século XVII(17), durante a colonização da Amazônia, repetiram-se muitas das condições para que ali também surgisse uma língua franca, de base TUPINAMBÁ, chamada de língua geral amazônica ou NHEENGATU (fala boa). Tal língua é falada até hoje por cerca de 8 mil brasileiros.  

A PARTIR DO SÉCULO XVI(16) AS 3 CORRENTES: EUROPÉIA, INDÍGENA (TUPI) E AFRICANA (NÍGER-CONGO) SE ENCONTRAM E SE UNEM PARA FORMAR O PORTUGUÊS DO BRASIL.

EXERCÍCIO - Como era a vida das pessoas durante o Quinhentismo, ou seja: como e onde viviam, quais eram os tipos de construção da época, como se divertiam, como eram as festas, no que e como trabalhavam, como era a divisão hierárquica da sociedade, como se vestiam, o que comiam e bebiam, qual a religião principal, no que elas acreditavam, que língua falavam, como era a educação e a cultura, quais as diferenças entre ser homem e mulher e quais os principais acontecimentos históricos desse período?

(???)
QUINHENTISMO A QUE ERA PERTENCE O QUINHENTISMO
COMO SE CHAMA O PERÍODO DA LITERATURA QUE VAI DE 1500 A 1600
COMO SE DIVIDE O QUINHENTISMO
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL ESTÁ RELACIONADO A QUAL PERÍODO DA LITERATURA
O QUE É LITERATURA DE CATEQUESE OU CATEQUÉTICA
O QUE É LITERATURA DE VIAGEM
 O QUE É LITERATURA DOCUMENTAL
O QUE É LITERATURA JESUÍTICA
 O QUE FOI A LITERATURA INFORMATIVA
O QUE FOI O QUINHENTISMO
ONDE E QUANDO SURGIU O QUINHENTISMO
POR QUE SE DIZ QUE NESSE PERÍODO NÃO HOUVE UMA LITERATURA BRASILEIRA QUAIS OS PRINCIPAIS ESCRITORES DO QUINHENTISMO E SUAS OBRAS PRINCIPAIS
QUE FATOS HISTÓRICOS OCORRERAM DURANTE O QUINHENTISMO
QUE OUTRO NOME RECEBE A LITERATURA JESUÍTICA
QUE OUTROS NOMES RECEBE A LITERATURA INFORMATIVA
(???)

Fuá na Casa de Cabral Mestre Ambrósio Composição: Letra:Siba Música:Siba/Hélder Vasconcellos Naquele Brasil antigo Perdido no desengano Seu Cabral chegou nadando E não preocupou com nada Deu ordem à rapazeada Mandou barrer o terreiro: "Me chame o pai do chiqueiro que hoje eu quero forró, Toré, samba, catimbó Que eu já virei brasileiro" Foi gente de todo tipo Na festa de seu Cabral Português de Portugal Raceado no Oriente Negão bebeu aguardente Caboclo foi na Jurema Seu Cabral pediu um tema Danou-se a cantar poesia Até amanhecer o dia Numa viola pequena No fim da festa e da farra Cabral não sentiu preguiça Mandou logo rezar missa Pra ficar aliviado Chamando o padre, apressado Mandou começar ligeiro Botando ordem no terreiro Com seu maracá na mão Jurando pelo alcorão Que era crente verdadeiro Mas na hora da verdade Quando passou a cachaça Seu Cabral sentou na praça Caiu na reflexão Disse: "Esta situação sei que nunca mais resolvo!" Então falou para o povo: "Juro que me arrependi o Brasil que eu descobri queria cobrir de novo!"
Trechos da carta DE PERO VAZ DE CAMINHA (...) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que cobrisse sua vergonhas. Nas mãos traziam arcos com sua setas. Vinham todos rijamente sobre o batel, e Nicolau Coelho lhes fez sinal que posassem os arcos. E eles os pousaram (...) A feição é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos (...) Não fazem o menor caso de encobrir ou mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, do comprimento de uma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudo nas pontas como furador (...) Os cabelos são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta (...) E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para trás, uma espécie de cabeleira de penas de aves amarelas (...) Isto me faz presumisse que não têm casas nem moradas a que se acolham, e o ar, que se criam, os faz tais. Nem nós ainda até agora vimos casa alguma ou maneira delas (...) (...) Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra e as árvores de si lançam, e com isto andam tais e tão rijos e tão médios que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes comemos (...) (...) Está terra, senhor, será tamanha que haverá nela bem vinte ou 25 légua por mar, muito grande, porque a estender olhos, não podíamos ter senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber se há ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro nem o vimos. Porém a terra em si é de muito nos ares, assim frios e temperados, como os de entre Doiro e Minho, porque nesse tempo de agora os achávamos como os de lá. As águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem. Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. E aqui aí não houvesse mais que ter esta pousada para esta navegação de Calicute, isso bastaria. Quanto mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentando da nossa santa fé. E nesta maneira, Senhor., vou aqui a Vossa Alteza contar do que nesta terra vi. Deste Porto Seguro, de vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500. (Pero Vaz de Caminha)  

Carta ao rei D. Manuel, comunicando o achamento da ilha de Vera Cruz. A Carta é exemplo do deslumbramento do europeu diante do Novo Mundo. Contudo, apresenta informações equivocadas. Em princípio, Caminha se desculpa pela Carta, a qual considera "inferior". O escrivão documenta os traços de terra e o momento de vista da terra (quando se avistou o Monte Pascoal, a que deu-se o nome de Terra de Vera Cruz). Os portugueses seguem até à praia, onde acontece o primeiro contato com os índios, quando os portugueses praticam o primeiro escambo com os índios brasileiros. Menciona-se também o pau-brasil e é narrada a Primeira Missa na nova terra.

DESENREDO (G.R.E.S. Unidos do Pau-Brasil) - LEILA PINHEIRO

 No dia em que o jovem Cabral chegou por aqui ô ô Conforme diversos anúncios na televisão Havia um coro afinado da tribo tupi Formado na beira do cais cantando em inglês Caminha saltou no navio assoprando Um apito em free bemol Atrás vinha o resto empolgado da tripulação Usando as tamancas no acerto da marcação Tomando garrafas inteiras de vinho escocês Partiram num porre infernal por dentro das matas ô ô Ao som de pandeiros, chocalhos e acordeon Tamoios, Tupis, Tupiniquins, Acarajés ou Carijós, sei lá Chegaram e foram formando aquele imenso cordão Meu Deus, quibão E então de repente invadiram a avenida central, mas que legal! E meu povo vestido de tanga adentrou ao coral Um velho cacique baiano sacou do piston E deu como aberto em decreto mais um carnaval A assim a 22 daquele mês de abril Fundaram a escola de samba

 Lenine (ETNIA CADUCA) É o camaleão Diante do arco-íris Lambuzando de cores Os olhos da multidão É como um caldeirão Misturando ritos e raças É a missa da miscigenação Um mameluco maluco Um mulato muito louco Moreno com cafuzo Sarará com caboclo Um preto no branco E um sorriso amarelo banguelo Galego com crioulo Nissei com pixaim Curiboca com louro Caburé com curumimi É o camaleão e as cores do arco-íris Na maior muvuca Ô, etnia caduca

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO - BABY CONSUELO (DO BRASIL) / JORGE BEN JOR - 19 DE ABRIL
Curumim,chama Cunhatã Que eu vou contar Curumim,chama Cunhatã Que eu vou contar Todo dia era dia de índio Todo dia era dia de índio Curumim,Cunhatã Cunhatã,Curumim Antes que o homem aqui chegasse Às Terras Brasileiras Eram habitadas e amadas Por mais de 3 milhões de índios Proprietários felizes Da Terra Brasilis Pois todo dia era dia de índio Todo dia era dia de índio Mas agora eles só tem O dia 19 de Abril Mas agora eles só tem O dia 19 de Abril Amantes da natureza Eles são incapazes Com certeza De maltratar uma fêmea Ou de poluir o rio e o mar Preservando o equilíbrio ecológico Da terra,fauna e flora Pois em sua glória,o índio É o exemplo puro e perfeito Próximo da harmonia Da fraternidade e da alegria Da alegria de viver! Da alegria de viver! E no entanto,hoje O seu canto triste É o lamento de uma raça que já foi muito feliz Pois antigamente Todo dia era dia de índio Todo dia era dia de índio Curumim,Cunhatã Cunhatã,Curumim Terêrê,oh yeah! Terêreê,oh!

Composição: Antonio Nóbrega

Sou Pataxó, sou Xavante e Cariri, Ianonami, sou Tupi Guarani, sou Carajá. Sou Pancararu, Carijó, Tupinajé, Potiguar, sou Caeté, Ful-ni-o, Tupinambá. Depois que os mares dividiram os continentes quis ver terras diferentes. Eu pensei: "vou procurar um mundo novo, lá depois do horizonte, levo a rede balançante pra no sol me espreguiçar". eu atraquei num porto muito seguro, céu azul, paz e ar puro... botei as pernas pro ar. Logo sonhei que estava no paraíso, onde nem era preciso dormir para se sonhar. Mas de repente me acordei com a surpresa: uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. De grande-nau, um branco de barba escura, vestindo uma armadura me apontou pra me pegar. E assustado dei um pulo da rede, pressenti a fome, a sede, eu pensei: "vão me acabar". me levantei de borduna já na mão. Ai, senti no coração, o Brasil vai começar.

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