quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Flores do Mal

Não me atire no mar de solidão Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos Não me retalhe em escândalos Nem tão pouco cobre o perdão Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão Que acabou feito um sonho Foi o meu inferno, foi o meu descanso A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva Faz do amor uma história triste O bem que você me fez nunca foi real Da semente mais rica, nasceram flores do mal Huummm.... Não me atire no mar de solidão Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos Não me retalhe em escândalos Nem tão pouco cobre o perdão Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão Não me esqueça por tão pouco Nem diga adeus por engano Mas é sempre assim A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva Faz do amor uma história triste O bem que você me fez nunca foi real Da semente mais rica, nasceram flores do mal

Charles Baudelaire

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Charles Pierre Baudelaire
Charles Baudelaire 1863
Nome completo Charles Pierre Baudelaire
Nascimento 9 de Abril de 1821 Paris, França
Morte 31 de agosto de 1867 (46 anos) Paris, França
Ocupação Poeta, crítico de arte
Movimento estético Simbolismo, Modernismo
Assinatura Baudelaire signatur.jpg
Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de Abril de 1821 — Paris, 31 de Agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do Simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia,[1] juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.
Nasceu em Paris a 9 de abril de 1821. Estudou no Colégio Real de Lyon e Lycée Louis-le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega).
Em 1840 foi enviado pelo padrasto, preocupado com sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Pára na ilha da Reunião e retorna a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, e então sua fortuna torna-se controlada por um notário.
Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são presos, o escritor paga 300 francos e a editora 100, de multa.
Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreveu seis novos poemas "mais belos que os suprimidos", segundo ele.
Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.
Morreu prematuramente sem sequer conhecer a fama, em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

Índice

[esconder]

[editar] A estética


Retrato de Baudelaire tirado por Nadar.
Além de ser evidentemente, um precursor de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é considerado pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. Isto deve-se ao fato de que através da percepção do real, chegava sempre a um correlato objetivo para o sentimento que desejasse expressar, tal qual T. S. Eliot define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de As Flores do Mal, onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo o poeta sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela metrópole sobre a sensibilidade.[2]
Era, como os modernistas que vieram após ele, um realista que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela subjetividade exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: “É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista.” É através, naturalmente, dos sentidos, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da poesia moderna.[3]

[editar] Morte

Foi na Bélgica que Baudelaire encontrou Félicien Rops, que ilustra as flores do mal. Durante uma visita à Igreja de St. Loup, Namur, Baudelaire perde a consciência. Este colapso é acompanhado por alterações cerebrais, particularmente afasia. De março de 1866, ele sofre de hemiplegia. Ele morreu de sífilis em Paris, 31 de agosto de 1867, sem a realização do projecto de uma edição final, como ele desejava, "Flores do Mal, uma vida de trabalho. Ele está enterrado no Cemitério de Montparnasse (sexta divisão), no mesmo túmulo de seu padrasto, o general Aupick e sua mãe.

[editar] Cronologia


Túmulo de Baudelaire.

Referências

[editar] Textos na internet

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[editar] em Português

[editar] em Francês

textos com concordâncias e lista de freqüência

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As Flores do Mal

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Primeira edição de Les fleurs du mal com anotações do autor

Spleen et Idéal, 1907, por Carlos Schwabe
As Flores do Mal (título original em francês: Les fleurs du mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, consideradas o marco da poesia moderna e simbolista. As Flores do Mal reúnem de modo exemplar uma série de motivos da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio. Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.» «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.
Em 1857, no dia 25 de Junho, são publicadas As Flores do Mal. O livro foi logo violentamente atacado por Le Figaro e recolhido poucos dias depois sob acusação de obscenidade. Baudelaire foi condenado a uma multa de 300 francos (reduzidos depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, seis poemas tiveram de ser suprimidos da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular. Em 1860 sai a segunda edição de As Flores do Mal. Foi organizada em cinco secções segregadas tematicamente:
  • Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)
  • Tableux parisien(Quadros parisienses)
  • Le Vin (Vinho)
  • Les Fleurs du Mal ( As Flores do Mal)
  • Révolte ( Revolta)
  • La Mort (Morte)
Observação: A obra As Flores do Mal, foi dividida em seis grupos de poemas,pois mais um grupo de poemas foi adcionado.Esses seis grupos de poemas irão ser chamados de ciclos.É importante o conhecimento dessa informação,pois é no grupo dos "Quadros Parasienses" em que Baudelaire vai tratar da cidade e das multidões. O grupo acrescentado foi: Tableux parisien( Quadros parisienses).

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