sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

ALITERAÇÃO - Coco do M - Silvério Pessoa



Coco do M

Eu sou uM Matuto Moço
Morou no Mato é Madeira
Mandioca, Manipueira
Marco Modo de Mudar
Mandei Matias
aMarrar Mói de MarMeleiro Malaquia.
Marinheiro, Mangueiro e Maracujá.
Mané Mandou
Maria, Matheus
Murilo Mandou o Meu
Martelo e Meia Má
E quando canto esse coco
a língua treMe
QueM fizer outro coco em M
Eu aMarro e Mando Matar
Mulher Maldosa, Madalena, MacuMbeba,
Maniçoba, Manipeba, Manguito, Mero e Mangar
Melão Maduro, Morcego, Mosqueiro e Muro
Mofino, Medo e Monturo, MaMoeiro e MiraMar
Mané Mandou
Maria, Matheus
Murilo Mandou o Meu
Martelo e Meia Má
E quando canto esse coco
a língua treMe
QueM fizer outro coco em M
Eu aMarro e Mando Matar
Mestre Matoso, Morador Mendes Medeiro
Morava em Monteiro de Milho Mole, Munguzá
Malicioso, Munganguento e MacuMbeiro
Esse Meu coco é Maneiro Mas é ruiM de se cantar.
Mané Mandou
Maria, Matheus
Murilo Mandou o Meu
Martelo e Meia Má
E quando canto esse coco
a língua treMe
QueM fizer outro coco em M
Eu aMarro e Mando Matar



Aliteração

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes no início de palavras de uma frase ou de versos de uma poesia1 para criar sonoridade. É comum para fins onomatopeicos onde a repetição tenta representar sons dos objetos relatados.2 A aliteração vem sendo considerada recurso fônico de intensificação.3
A aliteração é usada como recurso de estilo em poesia que possibilita em certas poesias antigas reconstituir uma pronúncia que desapareceu na transcrição.4

Exemplos

  • “Que a brisa do Brasil beija e balança”,Castro Alves, O Navio Negreiro, 5
  • “Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”, Cruz e Souza,Violões que choram6
  • “Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas,
Brincam no tempo das berlindas,
As vindas vendo das varandas.
De onde ouvem vir a rir as vindas
Fitam a fio as frias bandas.” Fernando Pessoa, Saudade dada7

Ver também

Referências

  1. Marcelo Rsenthal. Gramática para concursos. 3a ed. [S.l.]: Campus. p. 421. ISBN 978-85-352-2489-4
  2. Renato Aquino. Gramatica Objetiva Da Lingua Portuguesa. [S.l.]: Elsevier, 2007. p. 417. ISBN 978-85-352-2341-5
  3. Enéas Martins de Barros. Estudos de gramática e literatura. [S.l.]: Editora Atlas, 1988. ISBN 978-85-224-0328-8
  4. Dicionário de Lingüística. [S.l.]: Editora Cultrix, 2007. p. 40. ISBN 978-85-316-0123-1
  5. Castro Alves, O Navio Negreiro, VI
  6. Cruz e Souza, Violões que choram, VII
  7. Fernando Pessoa, Saudade dada, I

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