sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Romantismo em Portugal

   




Iniciou-se em 1825, Almeida Garrett publicou o poema Camões, biografia do célebre poeta, em versos brancos, que retratava principalmente o sentimentalismo. 

O Romantismo durou cerca de 40 anos e termina por volta de 1865, com a Questão Coimbrã ou Questão do Bom Senso e do Bom Gosto, encabeçada por Antero de Quental. Assim como em outros países, o Romantismo português uniu-se ao liberalismo e à ideologia burguesa.
O movimento romântico nasceu dentro de uma atmosfera política bastante conturbada, que defendia a implantação do liberalismo no país. Esse movimento tinha por objetivo a implantação de uma política de cortes, eleita por todas as classes sociais. De um lado, D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) representava o liberalismo; de outro, D. Miguel, seu irmão absolutista. Derrotado, D. Pedro cede o trono português ao irmão e só consegue reavê-lo em 1834, quando o liberalismo finalmente vence.
É em meio a esse desenrolar de anos tão caóticos, de lutas entre liberais e conservadores, que os românticos foram implantando as reformas literárias. 
Há três momentos distintos no desenvolvimento do Romantismo português:
·        1º Romantismo (ou primeira geração): atuante entre os anos de 1825 e 1840, ainda bastante ligado ao Classicismo, contribui para a consolidação do liberalismo em Portugal, Os ideais românticos dessa geração estão embasados na pureza e originalidade. Principais escritores: Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho
·        2º Romantismo (ou segunda geração): também conhecido como Ultra-Romantismo, marcado pelo exagero, desequilíbrio, sentimentalismo, prevalece até 1860. Principais escritores: Camilo Castelo Branco e Soares Passos
·        3º Romantismo ( ou terceira geração): de 1860 a 1870, é considerado momento de transição, por já anunciar o Realismo. Traz um Romantismo mais equilibrado, regenerado (corrigido, reconstituído). Principais escritores: João de Deus, na poesia, e Júlio Dinis, na prosa. 
Além da poesia e do romance, nesses três momentos românticos, desenvolveram-se ainda o teatro, a historiografia e o jornalismo de forma nunca vista antes em Portugal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Seguidores