Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras,
modificando maneiras, mascarando maracutáias, majestoso
manicômio. Meu monólogo, mostra mentiras, mazelas, misérias,
massacres, miscigenação, morticínio maior, maldade mundial.
Madrugada... matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna,
monta matumbo malhado, munido machado, martelo... mochila mucha,
margeia mata maior. Manhãzinha move moinho moendo macaxeira,
mandioca. Meio dia mata marreco... manjar melhorzinho.
Meia noite mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento
maravilha, motivação mútua mas monocórdia, mesmice. Muitos
migram mascilentos, maltrapilhos, morarão modestamente: malocas
metropolitanas; mocambos miseráveis, menos moral, menos
mantimentos, mais menosprezo. Metade morre... mundo maligno,
misturando mendigos maltratados... menores metralhados, militares mandões,
meretrizes marafonas, mocinhas, mera meninas... mariposas,
mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas,
mercenárias mulheres marcadas... mundo medíocre.
Milionários montam mansões magníficas, melhor mármore, mobília
mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista,
mãos magnatas manobrando milhões mas maioria morre minguando.
Moradia meia-água, menos, marquise. Mundo maluco, máquina mortífera,
mundo moderno melhore, melhore mais, melhore muito, melhore mesmo.
Merecemos... maldito mundo moderno, mundinho merda.
Cogitado por Sergio Luiz Falcetti às 11:47
A aliteração é uma das figuras de linguagem. Sua particularidade é a de que repete sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas.
Por produzir sons diferenciados e bonitos é bastante utilizada em poesias, porém, isso não torna impossível ver este tipo de figura de linguagem em prosas.
A aliteração pode contribuir para a adição de musicalidade ao texto literário, basta saber como usar corretamente. Porém, deve-se levar em conta que não basta apenas ter valor musical aos ouvidos, deve também ter um bom conteúdo. Um conteúdo interessante aliado a musicalidade da aliteração produz lindos textos.
A aliteração pode contribuir também dando ao texto alguns sutis valores expressivos, mas isso nem sempre é fácil de identificar.
Exemplos de Aliteração
Primeiro exemplo:
Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas
Brincam nos tempos das Berlindas
As vindas vendo das varandas.
(Fernando Pessoa).
Neste trecho magnífico de Fernando Pessoa não estamos em frente a uma aliteração, mas a quatro aliterações. São elas: aliteração do L; aliteração do D; aliteração do B e aliteração do V.
2aliteracao01.jpgNeste exemplo o acumulo de aliterações criou uma musicalidade acentuada, porém, a aliteração é normalmente um recurso utilizado para destacar palavras dentro do texto, acentuando seus significados.
Segundo exemplo:
"(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas."
(fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza).
Cruz e Souza é referência no uso desta figura de linguagem, esta era uma característica marcante do simbolismo.
Esta figura de linguagem tem um efeito muito marcante em poesias, músicas e textos. Sua função é acentuar de alguma forma sentidos incontidos no texto através de palavras, seria uma forma de sublinhar estas palavras dentro do contexto geral.
AUTORIA: Marillyn Luciane Damazio.
Aliteração
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas.
[editar] Descrição
Quando usada sabiamente, a aliteração ajuda a valorizar musicalmente o texto literário. Mas não se trata de simples sonoridades destituídas de conteúdo. Geralmente, a aliteração sublinha (ou introduz) determinados valores expressivos, nem sempre facilmente descritíveis.
Exemplo:
Cquote1.svg Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas
Brincam nos tempos das Berlindas
As vindas vendo das varandas. Cquote2.svg
— Fernando Pessoa
Esta estrofe de Fernando Pessoa é um exemplo soberbo do uso expressivo da aliteração. Na realidade, estamos, não perante uma aliteração, mas face a um complexo onde podemos facilmente identificar
aliteração do L
aliteração do D
aliteração do B
aliteração do V
Neste caso, a acumulação aliterativa cria um efeito musical intenso que leva-nos a colocar num plano secundário o conteúdo. No entanto, em condições normais a aliteração põe em evidência as palavras afectadas e, portanto, sublinha o seu valor expressivo. Por vezes, permite mesmo estabelecer associações pouco evidentes entre palavras. Frequentemente a aliteração aparece associada à assonância (neste exemplo, i/in e a/an).
[editar] Ver também
Verso aliterativo
[Esconder]
v • e
Figuras de linguagem, estilo ou retórica
Figuras semânticas Alegoria • Ambiguidade • Antífrase • Antítese • Antonomásia • Apóstrofe • Cacofonia • Catacrese • Comparação • Disfemismo • Estrangeirismo • Eufemismo • Gradação • Hipálage • Hipérbole • Ironia • Metáfora • Metalepse • Metonímia • Onomatopeia • Oximoro • Paradoxo • Perífrase • Prosopopeia • Sarcasmo • Sinestesia
Figuras sintáticas Aliteração • Analepse • Anacoluto • Anadiplose • Anáfora • Assíndeto • Assonância • Circunlóquio • Clímax • Diácope • Eco • Elipse • Epístrofe • Epizêuxis • Hiato • Hipérbato • Idiotismo • Metonímia • Paranomásia • Pleonasmo • Polissíndeto • Prolepse • Silepse • Sínquise • Solecismo • Zeugma • Zoomorfização
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Categoria: Figuras de linguagem
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