quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

LAMENTO SERTANEJO A LA PATATIVA DO ASSARÉ

Composição: Dominguinhos e Gilberto Gil Por ser de lá, Do sertão, lá do cerrado Lá do interior do mato, Da caatinga, do roçado Eu quase não saio Eu quase não tenho amigo Eu quase que não consigo Ficar na cidade sem viver contrariado Por ser de lá, Na certa, por isso mesmo Não gosto de cama mole Não sei comer sem torresmo Eu quase não falo Eu quase não sei de nada Sou como rês desgarrada Nessa multidão, boiada caminhando à esmo Sabe?!... Quando escuto histórias antigas sobre a seca lá no campo em noites de debulha logo “adormeço”. – NÃO. Na verdade, quero dizer que divago imaginando. Aguço meus ouvidos mais acordada do que nunca. (...) Acredite, que eu esperava as noites com alegria do encontro com os meus antepassados que não pude conhecer. É que suas histórias eram/são tão vivas e tão bem narradas pelos “camponeses” que eu não saberia se ao conhecê-los teria a mesma admiração e respeito. Eu digo que os conheço, pelos outros que os conheceram. Toda vez que eu olho para esta figura e vejo “Os Retirantes” , do pintor Cândido Portinari, lembro do meu avô, de minha avó... de todo mundo... até de mim mesmo. (...)

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