sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

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As histórias em quadrinhos, por vezes, utilizam animais como personagens e a eles
atribuem comportamento humano. O gato Garfield é exemplo desse fato.
Fonte: Caderno Vida e Arte, Jornal do Povo, Fortaleza
O 3º quadrinho sugere que Garfield:
a) desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão.
b) acredita que todo pintor deve fazer algo diferente.
c) defende que para ser pintor a pessoa tem de sofrer.
d) conhece a história de um pintor famoso e faz uso da ironia.
e) acredita que seu dono tenha tendência artística e, por isso, faz a sugestão.




NESSA HISTORINHA , O EFEITO HUMORÍSTICO ORIGINA-SE DE UMA SITUAÇÃO CRIADA PELA FALA DA ROSINHA NO PRIMEIRO QUADRINHO, QUE É:
A)FAZ UMA POSE BONITA
B)QUER TIRAR UM RETRATO?
C)SUA BARRIGA ESTÁ APARECENDO
D)OLHA O PASSARINHO!
E)CUIDADO COM O FLASH





NAS ALTERNATIVAS ABAIXO ESTÃO TRANSCRITOS VERSOS RETIRADOS DO POEMA "OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO" (DE VINÍCIUS DE MORAES). PODE-SE AFIRMAR QUE OCORRE UM OXÍMORO EM
A)ERA ELE QUE ERGUIA CASAS ONDE ANTES SÓ HAVIA CHÃO
B)A CASA QUE ELE FAZIA SENDO A SUA LIBERDADE ERA SUA ESCRAVIDÃO
C)NAQUELA CASA VAZIA QUE ELE MESMO LEVANTARA UM MUNDO NOVO NASCIA DE QUE SEQUER SUSPEITAVA
D)O OPERÁRIO FAZ A COISA E A COISA FAZ O OPERÁRIO
E)ELE, UM HUMILDE OPERÁRIO UM OPERÁRIO QUE SABIA EXERCER A PROFISSÃO




1. Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades.Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades.



Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso.


Bicho urbano

Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
.....................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.

(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1991)
a) "e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada." *
b) "ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho"
c) "A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas"
d) "suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto"
e) "me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas"

“Precisa-se nacionais sem nacionalismo, (...) movidos pelo presente mas estalando naquele cio racial que só as tradições maduram! (...). Precisa-se gentes com bastante meiguice no sentimento, bastante força na peitaria, bastante paciência no entusiasmo e sobretudo, oh! sobretudo bastante vergonha na cara!

(...) Enfim: precisa-se brasileiros! Assim está escrito no anúncio vistoso de cores desesperadas pintado sobre o corpo do nosso Brasil, camaradas.”

(Jornal A Noite, São Paulo, 18/12/1925 apud LOPES, Telê Porto Ancona. Mário de Andrade: ramais e caminhos. São Paulo: Duas Cidades, 1972)
18. No trecho acima, Mário de Andrade dá forma a um dos itens do ideário modernista, que é o de firmar a feição de uma língua mais autêntica, “brasileira”, ao expressar-se numa variante de linguagem popular identificada pela (o):
a) escolha de palavras como cio, peitaria, vergonha.
b) emprego da pontuação.
c) repetição do adjetivo bastante.
d) concordância empregada em Assim está escrito.
e) escolha de construção do tipo precisa-se gentes.



20. “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época.

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
[manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
[cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas
............................................................................................

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.


(BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa.
Rio de Janeiro. Aguilar, 1974)


Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:
a) critica o lirismo louco do movimento modernista.
b) critica todo e qualquer lirismo na literatura.
c) propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico.
d) propõe o retorno ao lirismo do movimento romântico.
e) propõe a criação de um novo lirismo. *

O trecho a seguir é parte do poema "Mocidade e morte", do poeta romântico Castro Alves:
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
–– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983.

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude.
A imagem da morte aparece na palavra
a) embalsama.
b) infinito.
c) amplidão.
d) dormir.
e) sono.

No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
"Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação."
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:
a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

SONETO DE FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


(MORAES, Vinícius de. Antologia poética. São Paulo: Cia das Letras, 1992)


A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe do poema de Vinícius de Moraes.


a)Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas... (Augusto dos Anjos)
b)Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior, que é ruidosa. (Machado de Assis)
c)Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses variáveis. (Raimundo Faoro)
d)Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre? (Machado de Assis)
e)Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo. (Aurélio)

Leia o texto abaixo.

Cabelos longos, brinco na orelha esquerda, físico de skatista. Na aparência, o estudante brasiliense Rui Lopes Viana Filho, de 16 anos, não lembra em nada o estereótipo dos gênios. Ele não usa pesados óculos de grau e está longe de ter um ar introspectivo. No final do mês passado, Rui retornou de Taiwan, onde enfrentou 419 competidores de todo o mundo na 39ª Olimpíada Internacional de Matemática. A reluzente medalha de ouro que ele trouxe na bagagem está dependurada sobre a cama de seu quarto, atulhado de rascunhos dos problemas matemáticos que aprendeu a decifrar nos últimos cinco anos.

Veja - Vencer uma olimpíada serve de passaporte para uma carreira profissional meteórica?

Rui - Nada disso. Decidi me dedicar à Olimpíada porque sei que a concorrência por um emprego é cada vez mais selvagem e cruel. Agora tenho algo a mais para oferecer. O problema é que as coisas estão mudando muito rápido e não sei qual será minha profissão. Além de ser muito novo para decidir sobre o meu futuro profissional, sei que esse conceito de carreira mudou muito.
(Entrevista de Rui Lopes Viana Filho à Veja, 05/08/1998, n.31, p. 9-10)


Na pergunta, o repórter estabelece uma relação entre a entrada do estudante no mercado de trabalho e a vitória na Olimpíada. O estudante


a)concorda com a relação e afirma que o desempenho na Olimpíada é fundamental para sua entrada no mercado.
b)discorda da relação e complementa que é fácil se fazer previsões sobre o mercado de trabalho.
c)discorda da relação e afirma que seu futuro profissional independe de dedicação aos estudos.
d)discorda da relação e afirma que seu desempenho só é relevante se escolher uma profissão relacionada à matemática.
e)concorda em parte com a relação e complementa que é complexo fazer previsões sobre o mercado de trabalho.


(QUINO. Mafalda inédita. São Paulo: Martins Fontes, 1993)

Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome SE e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome SE,


a)em I, indica reflexividade e equivale a “a si mesmas”. b)em II, indica reciprocidade e equivale a “a si mesma”. c)em III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”. d)em I e III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”. e)em II e III, indica reflexividade e equivale a “a si mesma ” e "a si mesmas", respectivamente.

Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil.

Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores – cerca de 25% da população ativa – entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome.
(Gazeta Mercantil, 05/01/1999)



Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção:

a)questionar a interpretação da crise.
b)comunicar sobre o desemprego.
c)instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de valores.
d)relacionar os fatos passados e presentes.
e)analisar dados financeiros americanos.

Em muitos jornais, encontramos charges, quadrinhos, ilustrações, inspirados nos fatos noticiados. Veja um exemplo:
Jornal do Commercio, 22/8/93
O texto que se refere a uma situação semelhante à que inspirou a charge é:


a) Descansem o meu leito solitário

Na floresta dos homens esquecida,

À sombra de uma cruz, e escrevam nela

– Foi poeta – sonhou – e amou na vida.

(AZEVEDO, Álvares de. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro/Brasília:

José Aguilar/INL,1971)


b) Essa cova em que estás

Com palmos medida,

é a conta menor

que tiraste em vida.

É de bom tamanho,

Nem largo nem fundo,

É a parte que te cabe

deste latifúndio.

(MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina e outros poemas em voz alta. Rio de

Janeiro: Sabiá, 1967)


c) Medir é a medida

mede

A terra, medo do homem, a lavra;

lavra

duro campo, muito cerco, vária várzea.

(CHAMIE, Mário. Sábado na hora da escutas. São Paulo: Summums, 1978)


d) Vou contar para vocês

um caso que sucedeu

na Paraíba do Norte

com um homem que se chamava

Pedro João Boa-Morte,

lavrador de Chapadinha:

talvez tenha morte boa

porque vida ele não tinha.

(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983)


e) Trago-te flores, – restos arrancados

Da terra que nos viu passar

E ora mortos nos deixa e separados.

(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1986)

O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo.

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco
da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

(ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988)

"Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...).”

(CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980)

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
a) condenam essa regra gramatical.
b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
c) criticam a presença de regras na gramática.
d) afirmam que não há regras para uso de pronomes.
e) relativizam essa regra gramatical.

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