sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CATACRESE X METONÍMIA - COCO SEM AZEITE

Coco Sem Azeite

Pinduca

De onde é que esse coco vem
Todo coco tem azeite
Mas esse não tem (Bis)
O braço do mar não tem cotovelo
O caranguejo anda
Mas não é pra frente
Revolver tem cano mas não é torneira
Cachaça não dá rasteira
Mas derruba gente
O prego tem cabeça mas não tem juízo
O cabo da vassoura
Não prende ninguém
A mão de pilão nunca bateu palmas
Agulha costura e só anda nua
Na estrada que vai pra lua
Não se vê poeira
O trombonista toca com a boca fechada
O sino toca com a boca aberta
Quem roubar ladrão eu jamais acuso
Mulher não é parafuso
Mas a gente aperta

Catacrese

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Catacrese é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum; são como gírias do dia-a-dia, expressões usadas para facilitar a comunicação. Estabelecem comparação às situações em que são atribuídas, qualidades de seres vivos, a seres inanimados. Exemplos comuns são: "os pés da mesa", "marmelada de laranja", "vinagre de maçã", "embarcar no avião", "cabeça do alfinete", "braço de rio", "dente de alho" etc. Consiste assim em uma metáfora de uso comum, deixando de ser considerada como tal.Consiste também em dar à palavra uma significação que ela não tem, por falta de termo próprio, empregando-as fora do seu significado real. No entanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que estão sendo usadas no sentido figurado. Exemplos:
O pé da mesa estava quebrado.
Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.
Quando embarquei no avião, fui dominado pelo o medo.
A cabeça do prego está torta.
A asa da xícara quebrou-se.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar
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Catacrese é um tipo especial de metáfora. A catacrese não é mais a expressão subjetiva de um indivíduo, mas já foi incorporada por todos os falantes da língua, passando a ser uma metáfora corriqueira e, portanto, pouco original. Observe:
“Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore." (Cecília Meireles)
A primeira frase causa-nos estranheza, espanto. A associação que se faz entre um beijo e uma borboleta afoga da em mármore é original e está diretamente relacionada sensibilidade do sujeito que criou tal frase. Todos deve concordar que poucas pessoas fariam tal associação. Trata se de uma metáfora original.
Já na segunda frase, relacionamos diretamente a e pressão "pé a página" à parte inferior da página. Mas , pensarmos bem, uma página não tem pé. Houve uma associação entre o pé (parte inferior do corpo humano) e parte inferior da página, daí a expressão “pé da página”. Esta metáfora já foi incorporada pela língua, perdeu s caráter inovador, original e transformou-se numa metáfora comum, morta, que não mais causa estranheza. Em outras palavras, transformou-se numa catacrese. O mesmo processo ocorreu nas seguintes expressões:
Pé de mesa, Cabeça de alfinete, Tronco telefônico, Pé de cadeira, braço de cadeira, árvore genealógica, Pé de cama, braço de mar, maçã do rosto, Pé de montanha,cabelo de milho, folha de papel, Pé de laranja,barriga da perna, dente de alho,etc
Uma curiosidade: A palavra "azulejo" originalmente servia para designar ladrilhos de cor azul. Hoje, essa palavra perdeu a sua idéia de azul e passou a designar ladrilhos de qualquer cor. Tanto que dizemos azulejos brancos, amarelos, azuis, verdes, etc. Essa é uma outra característica da catacrese: as palavras perdem o seu sentido original e
Procure prestar atenção ao grande número de catacreses que utilizamos no dia-a-dia.

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