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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

NOVELAS DE CAVALARIA = ROMANCE DE CAVALARIA

Novela de cavalaria
Género medieval cuja origem não é ainda certa, embora se aponte a França e a Inglaterra como seu berço. Foi introduzida em Portugal no reinado de D. Afonso III, no século XIII, quando se traduziu para português A Demanda do Santo Graal. A matéria destas novelas está dividida em três ciclos: 1 - Ciclo bretão ou arturiano, que assenta no rei Artur e seus cavaleiros como figuras centrais; 2 - Ciclo carolíngeo, que se desenvolve à volta de Carlos Magno e seus pares; 3 - Ciclo clássico, que abrange figuras da Antiguidade Clássica. Destes três ciclos, apenas o arturiano marcou presença em Portugal e segundo J. P. Coelho, in obra citada, a tradução de algumas destas obras teria influenciado "não só os hábitos e costumes da sociedade medieval portuguesa, mas também a actividade literária". No século XVI, este género literário continua a ser cultivado com muita incidência, embora adaptado à nova visão do mundo veiculada pelo Humanismo. Assim, em Portugal, escrevem-se novelas em português, nomeadamente A Crónica do Imperador Clarimundo, de João de Barros, O Palmeirim de Inglaterra, de Francisco Morais, O Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda, de Jorge Ferreira de Vasconcelos, etc., que reflectem a postura épica e a euforia da expansão lusa, nacionalizando-se, desta forma, o género em termos linguísticos e temáticos.
Como referenciar este artigo: Novela de cavalaria. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-02-04]. Disponível na www: .
Os romances ou novelas de cavalaria são de origem medieval, e constituem uma das manifestações literárias de ficção em prosa mais ricas da literatura peninsular. Podemos considerá-las, sobretudo as da matéria da Bretanha (ligadas às aventuras da corte do rei Artur e da Távola Redonda), verdadeiros códigos de conduta medieval e cavaleiresca. Costumam agrupar-se em ciclos, isto é, conjuntos de novelas que giram à volta do mesmo assunto e movimentam as mesmas personagens. De carácter místico e simbólico, relatam aventuras penetradas de espiritualidade cristã e subordinam-se a um ideal místico, que sublima o amor profano.
Na Península Ibérica, surge no século XIV o Amadis de Gaula, atribuído a João de Lobeira, mas cuja autoria é ainda incerta, dado que a primeira versão publicada, mais tardia, é em castelhano. Este romance oferece-nos o paradigma do perfeito cavaleiro, destruidor de monstros e malvados, amador constante e tímido de uma donzela, Oriana, a Sem Par, que se deixa possuir antes do casamento e está na origem do chamado ciclo de Amadis, um dos de maiores sucessos na literatura peninsular. Este novo desenvolvimento da matéria da Bretanha foi o ponto de partida para uma frondosa ramificação do romance de cavalaria no século XVI, ridicularizada por Miguel de Cervantes em Dom Quixote.
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