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sábado, 22 de março de 2014

V SE SABE 2

A VINGANÇA DAS GALINHAS
A galinha talvez seja a primeira ave a ter sido domesticada, há cerca de 12 mil anos, quando o ser humano começou a ficar sedentário. Desde então, as galinhas têm um destino sinistro: raramente morrem de morte natural. São mortas para o consumo humano. Na perspectiva delas, a vida é simplesmente uma tragédia. Normalmente, as galinhas eram e são criadas ao ar livre, perambulando ao redor das casas. Ainda hoje, as "galinhas caipiras" são preferidas por serem muito mais saudáveis. Modernamente, com a sociedade da produção industrial, elas foram transformadas em máquinas para produzir carne e ovos. Fechadas, milhares delas, em aviários, nos quais, em cada metro quadrado, são criadas de 10 a 12, enganadas pela iluminação que Ihes tira a percepção da noite, alimentadas por promotores de crescimento e de antibióticos, para crescerem até um ponto comercialmente ideal - 40 dias -, elas são submetidas a grande padecimento. Se Gandhi, o Dalai Lama ou qualquer pessoa sensível ao sofrimento visitassem um desses currais aviários, seguramente se indignariam e até chorariam de compaixão. Mas nossa espécie se especializou em submeter impiedosamente todas as demais para tirar proveito delas, mesmo que isso implique grande sofrimento.
Sabemos, hoje, que todos os seres vivos formamos uma única comunidade de vida, pois somos portadores do mesmo alfabeto genético - as quatro bases fosfatadas e os 20 aminoácidos. Por que, então, impor esse padecimento na forma de crueldade para com nossos familiares e parentes naturais?
Depois de séculos de violência, as galinhas, agora, estão nos dando o troco. É a vingança das galinhas. Ela vem sob a forma da gripe aviária, que está atingindo outros seres vivos e pode alcançar, também, os humanos. É o famoso vírus H5N1. Vírus aviários sempre existiram em formas não-letais. Agora, este H5N1 se revela uma cepa patogênica. Se sofrer mutações que o tornariam capaz de transmitir-se aos seres humanos, poderá se replicar loucamente e matar entre 150 milhões e um bilhão de pessoas, consoante previsões científicas. Surgido, pela primeira vez, em 1997, em Hong-Kong, agora atingiu quase metade do mundo. Não existe um antídoto que o elimine, apenas possui efeito limitante. É o tamiflu, que não age profilaticamente, mas apenas 18 horas após a infecção. Foi desenvolvido a partir de um ácido extraído de vagens de anis estrelado encontradas em algumas províncias da China. A companhia farmacêutica norte-americana Gilead Scienses [00'] desenvolveu o antivírus.
Hoje, é sabido: a origem da gripe não provém de galinhas criadas ao ar livre, mas das práticas avícolas industriais e da utilização de "subprodutos" da criação avícola, como ração industrial. A Fundação BirdLife demonstrou que o padrão de focos da gripe segue as rotas das estradas e das vias férreas e não, as rotas dos vôos de aves migratórias. A gripe é conseqüência do manejo cruel que nós, seres humanos, temos feito das galinhas confinadas. Aí está o nicho de reprodução do vírus. E uma doença sistêmica. Ela demanda uma forma de relação com os seres vivos que não implique crueldade, mas racionalidade e compaixão.
BOFF, Leonardo. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 7 abro 2006. (Texto adaptado)
01 (FUNDEP/AUGE/06) – Assinale a alternativa em que se faz uma afirmativa que pode ser comprovada pela leitura do texto.
A) A diferença que separa a vida que existe em homens e em animais é mínima.
B) A vida é um dom inestimável que os homens devem preservar a todo custo.
C) O intenso sofrimento que afeta o homem, na vida, iguala-se ao que atinge o animal.
D) O mesmo princípio de vida existente no universo está presente em homens e animais.
02 (FUNDEP/AUGE/06) Assinale a alternativa em que se apresenta uma idéia básica proposta no texto.
A) Descrição de uma doença mortal
B) Etapas da história das galinhas
C) Respeito a ser dispensado ao animal
D) Processos de cura da gripe aviária
03 (FUNDEP/AUGE/06) – Assinale a alternativa em que se faz uma afirmativa que pode ser comprovada pela leitura do texto.
A) O comportamento animal dá origem às várias doenças incuráveis que afetam a espécie humana.
B) O comportamento humano pode desencadear grandes males atribuídos apenas à origem animal.
C) Os animais são os responsáveis pelas doenças contagiosas que atacam a comunidade dos homens.
D) Os homens estão sujeitos a toda espécie de doença desenvolvida no organismo dos animais.
04 (FUNDEP/AUGE/06) – Com base na leitura do texto, é CORRETO afirmar que "racionalidade e compaixão", reunidas no último parágrafo, dizem respeito
A) à compreensão da vida animal como necessária para servir à humanidade.
B) à criação de métodos adequados para o aproveitamento científico dos animais.
C) à promoção da alta produtividade, visando-se a proporcionar comida aos mais pobres.
D) ao entendimento do verdadeiro valor da vida animal e à procura de defendê-Ia.
05 (FUNDEP/AUGE/06)
"... nossa espécie se especializou em submeter impiedosamente todas as demais para tirar proveito delas, mesmo que isso implique grande sofrimento." (linhas 15-16)
É CORRETO afirmar que a oração destacada, nesse período, implica um sentido de
A) concessão.
B) conclusão.
C) condição.
D) conseqüência.
06 (FUNDEP/AUGE/06)
"Se sofrer mutações [...] poderá [...] matar entre 150 milhões e um bilhão de pessoas, consoante previsões científicas." (linhas 25-27)
É CORRETO afirmar que a palavra destacada, nessa frase, pode ser adequadamente substituída por
A) através de.
B) conforme.
C) desde que.
D) incluindo.
07 (FUNDEP/AUGE/06)
"Sabemos, hoje, que todos os seres vivos formamos uma única comunidade de vida..."
(linhas 17-18)
É CORRETO afirmar que, nessa frase, a flexão da forma verbal destacada se explica porque
A) o autor prefere usar a primeira pessoa do plural.
B) o autor se inclui, formalmente, entre "todos os seres vivos".
C) o sujeito da oração é inexistente.
D) o sujeito da oração é indeterminado.
08 (FUNDEP/AUGE/06)
Assinale a alternativa em que a palavra destacada, na frase transcrita, NÃO exerce função pronominal.
A) A Fundação BirdLife demonstrou que o padrão de focos da gripe segue as rotas das estradas...
B) Ela vem sob a forma da gripe aviária, que está atingindo outros seres vivos...
C) ... enganadas pela iluminação que Ihes tira a percepção da noite, [...] são submetidas a grande padecimento.
D) Não existe um antídoto que o elimine, apenas possui efeito limitante.
09 (FUNDEP/AUGE/06)
A galinha talvez seja a primeira ave a ter sido domesticada, há cerca de 12 mil anos..." (linhas 1-2)
Normalmente, as galinhas eram e são criadas ao ar livre, perambulando ao redor das casas. (linhas 5-6)
"... com a sociedade da produção industrial, elas foram transformadas em máquinas para produzir carne e ovos." (linhas 7-8) "'.
Considerando-se esses fragmentos, transcritos do texto, é CORRETO afirmar que, nas três frases, há formas verbais flexionadas
A) apenas em tempos pretéritos.
B) apenas no modo indicativo.
C) na segunda pessoa.
D) na voz passiva.
10) FUNDEP/AUGE/06
Assinale a alternativa em que, na frase transcrita, NÃO há uma palavra que sugere uma idéia de circunstância.
A) ... as galinhas, agora, estão nos dando o troco.
B) ... elas são submetidas a grande padecimento.
C) ... hoje, as "galinhas caipiras" são preferidas...
D) Vírus aviários sempre existiram...
1-D
2-C
3-B
4-D
5-A
6-B
7-B
8-A
9-D
10-B


AJARDINAR A ESPERANÇA
Frei Betto
Você pensa que eu também não tenho vontade de mandar tudo às favas? Pensa que não me invade esse sentimento de frustração, essa amargura oca, essa acidez na boca da alma? Sim, tem hora que me canso de bancar o Sísifo, de ficar carregando ladeira acima essa pesada pedra de uma esperança esburacada. Tem hora que me sinto Prometeu acorrentado, mas sem revolta, agradecido por ter as mãos atadas. E a única coisa que me passa pela cabeça é embriagar-me de alienação e ficar na varanda do apartamento, contemplando silenciosamente a cidade lá embaixo, miríades cristais reluzindo impessoais, anônimos, indiferentes ao meu estupor.
É muito frustrante semear esperanças. São grãos miúdos, delicados, quase invisíveis, ora plantados no caminho acidentado, ora num coração angustiado, sempre no terreno árido da pobreza insolente. E depois vem o árduo trabalho de regar todos os dias, ver emergir o primeiro broto, um fiasco de verde aflorando sobre a terra negra, e a gente é tomado por esse sentimento feminino do querer cuidar e começa então a acreditar que a primavera existe.
A esperança é um pássaro em vôo permanente. Segue adiante e acima de nossos olhos, flutua sob o céu azul, não se lhe opõe nenhuma barreira. É assim em tudo aquilo que se nutre de esperança: o amor, a educação de um filho, o sonho de um mundo melhor.
A política sempre foi alvo predileto da esperança, desde os tempos bíblicos. No Antigo Testamento, aparece no passado (Jardim do Éden), no futuro (a Terra Prometida) e no presente (a confiança nas promessas de Javé). Os profetas sabiam ajardinar a esperança.
A esperança política é uma fênix. Sempre a renascer das cinzas. Foi assim no milenarismo monárquico medieval, na Revolução Francesa, na União Soviética. Foi assim também com Tancredo Neves, visto como um novo Moisés que também não pisou a Terra Prometida. Agora as denúncias de corrupção fazem o pássaro cessar o vôo em pleno ar. Ele não pousa. Fica lá em cima empalhado por nossas miragens utópicas, enquanto uma dor dilacera-nos por dentro.
Então minha memória resgata o horror. Primeiro, os gritos. A pele toda se arrepia. Se eu fosse surdo, veria apenas o rosto esgarçado numa máscara de terror. Mas meus ouvidos se entopem dos berros estridentes. O corpo eriça-se. Não sou eu, nem a minha razão que o comanda. É o instinto animal, primevo, que vem lá de baixo da escala zoológica e agora se manifesta nessa reação de bicho acuado por uma ameaça próxima. Não há saída. Da sala de tortura, saio morto ou quebrado. A outra alternativa é mais assombrosa. A de sair irremediavelmente sonegado em minha identidade, mercadejando a informação em troca de uma sobrevivência indigna.
Ele abaixa o tom de voz e tenta vencer-me pelo aliciamento. Diz pausadamente que não tenho escapatória. E devo contar com a sua compreensão. Mas a sua paciência tem limites... tem limites... até que meu silêncio detona a explosão. Nele a fera racional irrompe em gestos calculados e começa a tortura.
Mas essa não é a única modalidade de tortura. Há outras, tão ou mais terríveis, porque escarafuncham a alma, ferem fundo o espírito, arrancam o que o coração guarda, deixando-o miseravelmente vazio. É a dor de ver um projeto adulterado pela ambição desmedida, a sede de poder, o pragmatismo inescrupuloso, essa esperteza tão pusilânime que acaba por engolir o esperto, como a cobra morde o próprio rabo.
Um sonho se tece de mil fios delicados, até que um dia a imagem se transporta da mente à realidade. Talvez não se saiba aonde exatamente se pretende chegar. É como no amor, os sentimentos criam vínculos sem que se saiba ou se possa adivinhar o porvir. Sabe-se, contudo, por onde não ir. Como no poema de José Régio, “não sei por onde vou, / não sei para onde vou, / sei que não vou por aí!". Não vou pelas vias que conduzem os passos do inimigo. Não trilharei os caminhos sombrios, tortuosos, da corrupção, da sonegação, da falcatrua e da negociata.
Um corrupto é o resultado de pequenas infidelidades. Ele não se faz senão através de detalhes que se lhe acumulam na alma: levar vantagem num negócio, apropriar-se de um bem aparentemente insignificante, trair a confiança alheia. Não é o dinheiro que destrói a sua moral. É a ganância, a arrogância, a convicção de que é mais esperto que os demais.
Não há ética sem humildade, saber ser do tamanho que se é, nem maior nem menor do que ninguém. E sustentar a esperança na certeza de que só haverá colheita se, desde agora, se cuidar, delicada e anonimamente, da semeadura.
ESTADO DE MINAS, QUINTA-FEIRA, 11 DE AGOSTO DE 2005.
(*) primevo - inicial, primitivo
1 (FUMARC/COPASA/2005) Sobre o título “Ajardinar a esperança”, todas as afirmativas estão corretas, exceto:
a) Ressalta a necessidade de se construir a esperança.
b) Alerta que a esperança não deve ser perdida e sim construída em bases sólidas.
c) Revela ao leitor que é necessário perder a esperança para depois reconquistá-la.
d) Apesar de a esperança ser o tema do texto, em muitos momentos percebemos a desesperança do autor.
2 (FUMARC/COPASA/2005) São sentimentos presentes no texto, exceto:
a) angústia.
b) sarcasmo.
c) frustração.
d) determinação.
3 (FUMARC/COPASA/2005) “Agora as denúncias de corrupção fazem o pássaro cessar o vôo em pleno ar. Ele não pousa. Fica lá em cima empalhado por nossas miragens utópicas, enquanto uma dor dilacera-nos por dentro”.
A melhor interpretação para o trecho é que as denúncias de corrupção:
a) trouxeram à tona o motivo de nossas utopias.
b) fizeram o pássaro cessar o vôo, desistindo de renascer das cinzas.
c) alimentam o vôo do pássaro que não mais se preocupa em pousar.
d) vieram nos mostrar que a realidade não é a que acreditávamos, tudo era apenas uma ilusão, uma fantasia.
4 (FUMARC/COPASA/2005) A menção aos profetas que sabiam ajardinar a esperança mostra-nos que:
a) é necessário cultivar a esperança.
b) desde aquela época iludiam-se os fiéis.
c) a política sempre permeou a nossa história.
d) somente com a fé pode-se ajardinar a esperança.
5 (FUMARC/COPASA/2005) Em: “Sabe-se, contudo, por onde não ir. Como no poema de José Régio, não sei por onde vou, / não sei para onde vou, / sei que não vou por aí!”, por aí refere-se, exceto à:
a) tortura.
b) ambição.
c) falcatrua.
d) corrupção.
6 (FUMARC/COPASA/2005) “Mas essa não é a única modalidade de tortura”.
A tortura mencionada nesse trecho é:
a) a falta de compreensão do torturador.
b) trocar informações pela própria sobrevivência.
c) a fera irracional que irrompe em gestos calculados.
d) a tentativa de aliciamento pela qual passa o torturado.
7 (FUMARC/COPASA/2005) Todos os trechos demonstram a interlocução entre narrador / leitor, exceto:
a) “Você pensa que eu também não tenho vontade de mandar tudo às favas?”
b) “Fica lá em cima empalhado por nossas miragens utópicas, enquanto uma dor dilacera-nos por dentro”.
c) “E devo contar com a sua compreensão. Mas a sua paciência tem limites... tem limites...”
d) “Pensa que não me invade esse sentimento de frustração, essa amargura oca, essa acidez na boca da alma?”
1-C
2-B
3-D
4-A
5-A
6-B
7-C


O primeiro indício concreto do elo afetivo entre um humano e um animal data de 12.000 anos. São os restos fossilizados de uma mulher abraçada a um filhote de cão ou de lobo encontrados em uma região que hoje correspondente a Israel. Mas suspeita-se que o homem tenha começado a conviver com algumas espécies, em um regime de colaboração mútua, muito antes de domesticá-las. Há mais de 140.000 anos, quando o homem ainda dependia da caça e da coleta para se alimentar, alcatéias de lobos já seguiam os bandos nômades, a fim de aproveitar as carcaças largadas pelo caminho. Há cerca de 10.000 anos, esse laço se estreitou. O cão começou a entrar em casa e canalizou seu espírito gregário e seu instinto de clã para aquele que veio a se tornar seu proverbial melhor amigo: o homem. “A coragem e a tenacidade com que um cão protege seu dono parecem ter origem na solidariedade que seus ancestrais selvagens encontravam nas alcatéias. Nesse sentido, o cão atual é um lobo que vive numa matilha humana”, disse Edward Wilson a VEJA.
O homem, entretanto, escolhe bem as espécies com as quais vai compartilhar laços de afeto e cooperação. À demais ele dá um destino bem diverso: o prato. O homem é, e sempre foi, um onívoro, capaz de atacar em todas as escalas da vida animal para garantir suas necessidades, inclusive a de satisfação do paladar, pois o prazer da carne é quase insubstituível. A idéia tem gerado alguma controvérsia nos últimos anos, mas continua bem estabelecida na antropologia: a ingestão de carne foi um dos grandes propulsores da criação da cultura humana. Em algum momento da evolução, os seres humanos tornaram-se muito mais carnívoros do que a maioria dos primatas. A dieta rica em proteínas acelerou o crescimento do cérebro – e o cérebro grande levou à criação da cultura. Ou seja, comer carne foi um dos pré-requisitos para o desenvolvimento da cultura entre os homens.
O processo entrou num ritmo conhecido. Quanto mais bem nutrido, mais bem sucedido era o Homo sapiens – daí, maior a população humana e a necessidade de animais para mantê-la alimentada. Desde a época de nossos antepassados nômades, onde quer os humanos coloquem os pés, a vida selvagem corre risco de extinção. Foi o que aconteceu há 11.500 anos, logo após a chegada de grupos humanos à América do Norte, quando 73% dos mamíferos da região desapareceram. Hoje, a expansão da população humana e suas vastíssimas conseqüências ambientais têm tal escala que alguns cientistas suspeitam estarmos diante da sexta extinção – a Quinta aconteceu há 65 milhões de anos e varreu do planeta os dinossauros.
Veja 24 nov. 2004.(Texto adaptado)
1 (FUNDEP-2005) E adequado afirmar que, no texto, focaliza-se, principalmente, a relação
A) homem e animal. C) homem e homem.
B) homem e cão. D) homem e natureza.
2 (FUNDEP-2005) No texto, só Não se afirma que
A) o cão descende de antigas alcatéias de lobos.
B) o cão se tornou o melhor amigo do homem.
C) o homem se alimenta de qualquer carne animal.
D) o homem era seguido por certos animais silvestres.
3 (FUNDEP-2005) No texto, o fato de o homem alimentar-se de carne é apresentado como algo, principalmente:
A) ambíguo
B) indiferente
C) nocivo
D) positivo
4 (FUNDEP-2005) “... a ingestão de carne foi um dos grandes propulsores da criação da cultura humana.”
Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que a aceitação da idéia exposta na frase transcrita NÃO pode ser considerada:
A) adequada
B) agradável
C) exagerada
D) unânime
5 (FUNDEP-2005) Das frases seguintes, a que NAO pode ser confirmada pela leitura do texto é:
a) a cultura humana formou-se antes que o cérebro atingisse volume maior.
B) o desenvolvimento do cérebro humano foi acionado pela ingestão de proteínas.
C) o tamanho do cérebro humano influiu no desenvolvimento da cultura humana.
D) os animais forneceram as proteínas necessárias ao crescimento do cérebro humano.
6 (FUNDEP-2005) Nas opções seguintes, a frase que Não pode ser comprovada por meio da leitura do texto é:
A) a expansão da população humana obedece a uma lei determinada pela natureza.
B) corremos risco de provocar uma nova extinção de espécies da Terra.
C) já houve uma extinção de espécies considerável há milhões de anos.
D) o crescimento do número de humanos prejudica a natureza como um todo.
7 (FUNDEP-2005) “... quando o homem ainda dependia da caça [...] para se alimentar, alcatéias de lobos já seguiam as bandos nômades...”
A expressão em destaque se refere a:
A) animais selvagens C) lobos
B) cães D) homens
8 (FUNDEP-2005) “0 cão [...] canalizou seu primitivo espírito gregário [...] para [...] o homem.”
A expressão destacada tem, no texto, o sentido de


A) aptidão para viver em grupo
B) capacidade para caçar em bando
C) inclinação para orientar-se junto
D)sensibilidade para reagir em comum


9 (FUNDEP-2005) “O1homem é, e sempre foi, um onívoro...”
A palavra destacada refere-se a um ser que se alimenta de:


A) animais e vegetais
B) carnes e peixes
C) peixes marinhos
D) vegetais cultivados


10 (FUNDEP-2005) O primeiro indício concreto do elo afetivo entre um humano e um animal data de 12.000 anos.”
A palavra destacada indica


A) instrumento
B) ordenamento
C) qualificação
D) quantificação


11) (FUNDEP-2005) “0 primeiro indício concreto do elo afetivo entre um humano e um animal data de
12.000 anos.” Na frase transcrita, as palavras destacadas podem ser classificadas, respectivamente, co­mo:
A) adjetivo, adjetivo, adjetivo e substantivo
B) adjetivo, adjetivo, substantivo e substantivo
C) substantivo, adjetivo, adjetivo e substantivo
D)substantivo, adjetivo, substantivo e substantivo
12 (FUNDEP-2005) São os restos fossilizados de uma mulher abraçada a um filhote de cão ou de lobo...”
As duas expressões assinaladas mantêm entre si, no texto, uma relação:


A) aditiva
B) alternativa
C) conclusiva
D) explicativa


13 (FUNDEP-2005) “...quando o homem ainda dependia da caça [...] para se alimentar, alcatéias de lobos já seguiam os bandos de nômades.” “... o cão atual é um lobo que vive numa matilha humana...”
Ambas as palavras assinaladas pertencem ao grupo dos substantivos


A) abstratos
B) coletivos
C) derivados
D) próprios


14 (FUNDEP-2005) “quando o homem ainda dependia da caça [...] para se alimentar, alcatéias de lobos já seguiam os bandos de nômades, afim de aproveitar as carcaças...”
As três orações destacadas podem ser classificadas, respectivamente, como
A) conformativa causal e final
B) conformativa, final e final
C) temporal, causal e final
D) temporal, final e final
15 (FUNDEP-2005) “ Os seres humanos tornaram-se muito mais carnívoro do que a maioria dos primatas.” -
A frase transcrita veicula uma idéia de


A) comparação
B) condição
C) confirmação
D) contestação


Gabarito
1- A
2- C
3- D
4- D
5- A
6- A
7- D
8- A
9- A
10- B
11- B
12- B
13- B
14- D
15- A


HOMEM X NATUREZA
Todas as pessoas que vivem hoje descendem de sobreviventes das grandes catástrofes naturais, que deixaram marcas na história humana.
A saga do homem e de seus ancestrais na Terra, iniciada há 6 milhões de anos atrás, costuma ser narrada do ponto de vista de suas grandes conquistas, da descoberta do fogo e da invenção da roda até a tecnologia impressionante que move o mundo de hoje. Regozijamo-nos por nossa racionalidade, única entre os animais, e nos enxergamos como heróis do universo. Ao levar em conta o cenário em que essa aventura transcorre, chega-se à conclusão de que a verdadeira proeza do homem foi ter sobrevivido às forças da natureza. Há 30 000 anos, a era glacial varreu do planeta espécies como o mamute e o tigre-de-dente-de-sabre, mas o Homo sapiens prosseguiu em seu processo evolutivo. Desde então, surpreendido por catástrofe cujo poder de destruição infinitamente superior à sua capacidade de reagir a elas. Diante dos grandes furacões, terremotos, vulcões e avalanches, evidenciam-se ao mesmo tempo a fragilidade do ser humano e sua capacidade de superar as tragédias impostas pela natureza. ”A civilização existe pelo consentimento geológico, sujeito a mudanças sem aviso”, sintetizou o historiador americano Will Durant.
Os 160 000 mortos e os desabrigados pelo tsunami que se abateu na Ásia há duas semanas atrás podem representar apenas um saldo inicial. Catástrofes como essa, depois de contabilizadas as vítimas e calculados os estragos, costumam ganhar uma dimensão muito mais ampla à medida que a história avança. Muitas delas influenciam de maneira decisiva o destino do planeta e da humanidade. O movimento das monumentais placas tectônicas da crosta terrestre, que causam os vulcões e terremotos, definiu o formato dos continentes e oceanos como hoje os conhecemos, e continuará definindo nos milênios que virão. A América do Sul se afasta da África à velocidade constante de 5 centímetros por ano. No século XIV, a peste negra, facilmente transmitida pelos ratos nos burgos fechados e féticos da Europa, dizimou um terço da população do continente. Em 1400, os vikings tiveram de abandonar a Groenlândia quando uma pequena idade do gelo tornou a vida na região inviável. Fragmentos da erupção do Vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 1883, atingiram regiões tão altas da atmosfera que permaneceram suspensos por quase cinco anos, causando uma diminuição de I grau na temperatura do globo — por obstruir parte dos raios solares — e modificando as cores do pôr-do-sol na Europa, na Ásia e na África.
Os desastres naturais também costumam ter grande influência na vida política e social dos países. O historiador francês Fernand Braudel, autor do clássico O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo, sustentava que a monarquia francesa teria mais chance de ter sobrevivido se as forças na natureza _no caso, uma série de invernos extremamente rigorosos que se abateu sobre a Europa no fim do século XVIII — não houvessem destruído as colheitas, espalhando a fome e a miséria entre a população. Para Braudel, a monarquia de Luís XVI poderia ter resistido à Revolução Francesa de 1789 se a Franca vivesse uma época de climas amenos e boas safras. Calcula-se que o fim da civilização mocha, que floresceu no primeiro século da Era Cristã na região que abriga o Peru, tenha sido precipitado por uma combinação de terremotos e tempestades que destruíram sua malha de canais de irrigação para a agricultura, que desciam da Cordilheira dos Andes. Mais recentemente, em 1999, dois desastres naturais foram responsáveis pela reaproximação entre a Turquia e a Grécia, países que havia tempos travavam renhidas disputas territoriais por ilhas do Mar Egeu, ricas em petróleo. Um terremoto na Turquia matou 15 000 pessoas e devastou parte do parque industrial do país. Os gregos enviaram ajuda humanitária e, um mês depois, quando outro terremoto vitimou a Grécia, os turcos retribuíram. Na esteira do recente tsumani da Ásia, a expectativa é que o esforço de reconstrução das regiões atingidas acabe por encaminhar soluções pacíficas para conflitos separatistas na Indonésia e no Sri Lanka.
Veja, edição 1882, ano 38 01/2005
1 (FUNDEP- Agente Admin. / 2005) No texto, as catástrofes geológicas só NÃO são consideradas:


A) destrutivas
B) previsíveis
C) súbitas
D) violentas


2 (FUNDEP- Agente Admin. / 2005) A partir de informações contidas no texto, pode-se concluir que o ser humano existe, hoje, porque:


A) inventou tecnologias avançadas.
B) praticou atos heróicos.
C) sobreviveu às forças da natureza.
D) tornou-se um animal racional.


3 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) Com base no que diz o texto, pode-se afirmar que:
A) as grandes catástrofes geológicas aconteceram até o fim Idade Média.
B) catástrofes acontecidas em um continente limitam seus transtornos a este continente.
C) contornos definitivos dos atuais continentes ainda permanecem indefinidos.
D) todas as conseqüências das catástrofes geológicas são imediatamente conhecidas.
4 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) As informações contidas no texto mostram que
A) as catástrofes naturais podem afetar a comportamento humano no seu aspecto sócio-político.
B) os cataclismas costumam afetar negativamente as relações entre as diversas nações.
C) os desastres geológicos produzem conseqüências apenas no âmbito da natureza.
D) os historiadores denunciam ações humanas inadequadas durante acontecimentos fu­nestos.
5 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) É adequado afirmar que, no texto,
A) há referências apenas a catástrofes de natureza geológica
B) mencionam-se só conseqüências negativas dos desastres naturais.
C) privilegiam-se acontecimentos funestos do continente europeu.
D) são focalizados fatos históricos de vários países
6 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “A saga do homem e de seus ancestrais na Terra [...] costuma ser narrada do ponto de vista de suas grandes conquistas...”
Na frase transcrita, afirma-se que:
A) a diferença entre as várias narrativas históricas é notória.
B) a história da humanidade relata principalmente seu lado glorioso.
C) as conquistas humanas representam a verdadeira história do homem.
d) as formas de se narrar a história humana são inúmeras.
7 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Regozijamos-nos por nossa racionalidade, única entre os animais, e nos enxergamos como heróis do universo.” A frase transcrita nos remete a um ser humano de perfil


A) exigente
B) glorioso
C) orgulhoso
D) prepotente


8 (FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Há 30.000 anos, a era glacial varreu do planeta espécies como o mamute e o tigre-de­dente-de-sabre...”
A frase transcrita permite inferir que:
A) as espécies em extinção dependem da natureza para retornar à vida.
B) o desaparecimento de espécies é um acontecimento antiquíssimo.
C) o homem é o primeiro causador da extinção de certas espécies.
D) os tempos atuais são também responsáveis pela dizimação de espécies animais.
9 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) Diante dos grandes furacões [...] evidenciam-se ao mesmo tempo a fragilidade do ser humano e sua capacidade de superar as tragédias impostas pela natureza.” A frase transcrita do texto apresenta, literalmente, o ser humano como:


A) contraditório
B) engenhoso
C) poderoso
D) resistente


10 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Os 160.000 mortos e os desabrigados pelo tsunami que se abateu sobre a Ásia [...] podem representar apenas um saldo inicial.”
Tendo em vista o que se afirma na frase transcrita, é adequado concluir que:
A) cifras relativas às vítimas das ondas gigantes são forjadas e enganosas.
B) inúmeras vítimas do cataclisma asiático podem ainda ser encontradas.
C) o número de vítimas do tsunami asiático está certamente alterado.
D) os desaparecidos no desastre natural em questão são em número assustador.
11 (FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Em 1.400, os vikings tiveram de abandonar a Groenlândia, quando uma pequena idade do gelo tornou a vida na região inviável.” Modificações na colocação de termos do trecho citado provocam alterações de sentido em:
A) Em 1400, os vikings tiveram de abandonar a Groenlândia, quando tornou a vida na região inviável uma pequena idade do gelo.
B) Em 1400, tiveram de abandonar a Groenlândia os vikings, quando uma pequena idade de gelo tornou inviável a vida na região.
C) Tiveram de abandonar a Groenlândia os vikings, quando, em 1400, uma pequena idade do gelo tornou inviável a vida na região.
D) Tiveram de abandonar, em 1400, a Groenlândia os vikings, quando a vida na região tornou inviável uma pequena idade do gelo.
12 (FUNDEP-Agente Admin./2005) “Calcula -se que o fim da civilização mocha [...] tenha sido precipitado por uma combi­nação de terremotos e tempestades...” Das alternativas a seguir, a que substitui adequadamente a palavra acima assinalada é;


A)acelerado
B) ajudado
C) prejudicado
D) preparado


13 (FUNDEP-Agente Admin./2005) “Mais recentemente, [...] dois desastres naturais foram responsáveis pela reaproximação entre Turquia e Grécia, países que havia tempos travavam renhidas disputas territoriais...”
Na frase transcrita, a palavra assinalada pode ser adequadamente substituída por:
A) desastrosas
B) encarniçadas
C) intermináveis
D) numerosas
14 (FUNDEP-Agente Admin./2005) “Regozijarmo-nos por nossa racionalidade...” (linha 4)
A expressão assinalada veicula, na frase, uma idéia de


A) causalidade
B) explicação
C) finalidade
D) instrumentalidade


15 (FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “América do Sul se afasta da África à velocidade constante de 5 centímetros par ano.” A palavra assinalada indica, na frase a que pertence:


A) modo
B) qualidade
C) quantidade
D) tempo


16 (FUNDEP-Agente Admin./2005) “A América do Sul se afasta da África à velocidade [...] de 5 centímetros por ano.”
Para acentuar palavras na frase transcrita, foi necessário empregar.


A) apenas uma regra
B) duas regras
C) três regras
D) quatro regras


17 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Fragmentos da erupção do Vulcão Krakatoa, na Indonésia [...] atingiram regiões tão altas da atmosfera que permaneceram suspensos por quase cinco anos...”
A oração acima assinalada mantém, com sua antecedente, uma relação:


A) concessiva
B) condicional
C) conformativa
D) consecutiva


18 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “O história francês Fernand Braudel [...j sustentava que a monarquia francesa teria mais chance de ter sobrevivido se as forças da natureza [...] não houvessem destruído as colheitas. ‘‘
As formas verbais assinaladas estão empregadas


A) em formas compostas
B) em formas da voz passiva
C) no mesmo modo
D) no mesmo tempo


19 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) “Calcula-se que o fim da civilização mocha, que floresceu no primeiro século da Era Cristã na região que hoje abriga o Peru, tenha sido precipitado por uma combinação de terremotos e tempestades que destruíram sua malha de canais de irrigação...”
Das palavras assinaladas no trecho acima transcrito, NÃO é adequado afirmar que:
A) a primeira refere-se a “calcula-se”
B) a segunda refere-se a “civilização mocha”.
C) a terceira refere-se a “região”.
D) a quarta refere-se a “terremotos e tempestades”.
20 ( FUNDEP- Agente Admin. / 2005) Das palavras assinaladas a seguir, a que NÃO denota quantidade acha-se na alternativa.
A) Fragmentos [...] do Vulcão Krakatoa [...] permaneceram suspensos [...] causando uma diminuição de um grau na temperatura do globo.
B) No século XIV, a peste negra [...] dizimou um terço da população do continente.
C) Os 160.000 mortos e os desabrigados [...] podem representar apenas um saldo inicial.
D) Os gregos enviaram ajuda humanitária e um mês depois [...] os turcos retribuíram.
1-B
2-C
3-C
4-A
5-D
6-B
7-C
8-B
9-A
10-B
11-D
12-A
13-B
14-A
15-B
16-B
17-D
18-A
19-A
20-C


O ENCALHE DAS BALEIAS
Affonso Romano de Sant’Anna
Sempre intrigou-me o encalhe das baleias. Volta e meia os jornais dizem que um cardume delas, umas 15, 27, centenas encalharam ou se suicidaram, jogando-se nas areias de uma praia.
Ficava pensando que desespero era esse que dava nelas, de repente. Era a inflação? O custo de vida? Os escândalos de corrupção? Não saber como tirar seus filhotes da rede das drogas? Enfim, um mistério, uma espécie de quarto mistério de Fátima em minha vida.
Mas, agora, um grupo de cientistas da Universidade Kiel esclareceu tudo. Pouca coisa existe pior do que a gente não entender por que certos fatos ocorrem. Até o caos tem a sua lógica. E vivo lembrando que o cientista Michael Feigenbaum, há 20 anos, descobriu até a fórmula do caos. No caso das baleias, foi a equipe de Klaus Vaneslow que atinou que os cetáceos utilizam o campo magnético da Terra para navegar. São como os pombos, os golfinhos e as toninhas. E toda vez que o Sol desorganiza o campo magnético da Terra, as baleias, coitadas, perdem o rumo e começam a encalhar e a se suicidar nas praias. É que o Sol é meio temperamental também. Tem seus ciclos que duram 11 anos, e quando esse ciclo diminui, quem paga são as baleias. Ou nós, quem sabe?
Vejam vocês. A gente fazendo tanta metafísica sobre nossas desorientações amorosas, financeiras, políticas e sociais e, vai ver, é tudo questão de campo magnético. No caso das baleias, os cientistas estudaram todos os encalhes ocorridos durante os três últimos séculos no Mar do Norte, exatamente ali onde os cachalotes, volta e meia, perdem seu norte. E passaram a achar que, a exemplo dos pombos, elas devem ter uns pequenos cristais de magnetita em suas células. Claro que consideram também outras hipóteses. Acham que os humanos andam fazendo muito ruído nos oceanos, acionando motores dos navios e sonares. Ou seja, o mar está igual aeroporto, com celular tilintando o tempo todo, e aí até as baleias preferem a morte a ter que ficar ouvindo pessoas que falam alto sobre suas façanhas econômicas e libidinosas. O fato é que o encalhe de baleias tem aumentado muito nos últimos anos.
Aliás, não só as baleias. Gerações, classes sociais, países inteiros estão encalhados e cardumes de pessoas desorientadas navegam por aí, totalmente desbussoladas, sem saber que rumo dar a suas vidas. Tem até cardume de artistas desorientados fazendo umas coisas tolas que querem passar por arte.
Até pouco tempo atrás, quando as mulheres eram criadas só para o casamento, e alguma delas não estava conseguindo se casar ou achar um parceiro, dizia-se que ela encalhou. Vai ver que não era culpa dela. Era o Sol e seus campos magnéticos.
O fato, minha gente, é que as coisas estão muito interligadas. Não é à toa que os antigos astecas, entre outras culturas, cultuavam o Sol. Não só o Sol, também a Lua. Essa Senhora Luminosa e Volúvel, então, faz com a gente coisas de que até Deus duvida.
Estado de Minas, 5 de junho de 2005.
1) (FUMARC/ Pref. Munic.Ubá/2005) Percebe-se o tom irônico do autor, exceto em:
a) “Enfim, um mistério, uma espécie de quarto mistério de Fátima em minha vida”.
b) “Pouca coisa existe pior do que a gente não entender por que certos fatos ocorrem. Até o caos tem sua lógica”.
c) “Tem até cardume de artistas desorientados fazendo umas coisas tolas que querem passar por arte”.
d) “Ou seja, o mar está igual aeroporto, com celular tilintando o tempo todo, e aí até as baleias preferem a morte a ter que ficar ouvindo pessoas que falam alto sobre suas façanhas econômicas e libidinosas”.
2) (FUMARC/ Pref. Munic.Ubá/2005) Ao relacionar o desespero vivido pelas baleias a problemas relacionados aos seres humanos, o autor objetiva:
a) criticar a situação política vivida pelo país.
b) mostrar que também no reino animal há problemas.
c) relacionar os problemas que levam um homem a se suicidar com a realidade do reino animal.
d) demonstrar que também os problemas pelos quais passamos podem estar relacionados ao campo magnético.
3) (FUMARC/ Pref. Munic.Ubá/2005) Na construção de sua argumentação, o autor relaciona os problemas das baleias aos dos homens, exceto em:
a) “E toda vez que o Sol desorganiza o campo magnético da Terra, as baleias, coitadas, perdem o rumo e
começam a encalhar e a se suicidar nas praias”.
b) “É que o Sol é meio temperamental também. Tem seus ciclos que duram 11 anos, e quando esse ciclo
diminui, quem paga são as baleias. Ou nós, quem sabe?”
c) “Ficava pensando que desespero era esse que dava nelas, de repente. Era a inflação? O custo de vida? Os escândalos de corrupção? Não saber como tirar seus filhotes da rede das drogas?”
d) “Ou seja, o mar está igual aeroporto, com celular tilintando o tempo todo, e aí até as baleias preferem a morte a ter que ficar ouvindo pessoas que falam alto sobre suas façanhas econômicas e libidinosas”.
4) (FUMARC/ Pref. Munic.Ubá/2005) “Ou nós, quem sabe?” Essa frase só não indica que o autor:
a) tenta justificar nossos problemas pelos ciclos do Sol.
b) responsabiliza o Sol por atos que não lhe dizem respeito.
c) mostra que também nós somos influenciados pelo campo magnético.
d) tenta descobrir a causa para tantos atos inexplicáveis dos seres humanos.
1-B
2-D
3-A
4-B
UMA DEFINIÇÃO DE FELICIDADE
Stephen Kanitz
Todas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já li um economista defini-la como ganhar 20.000 dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges budistas, felicidade é a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem felicidade como "estar bem consigo mesmo", "fazer o que se gosta" ou "ter coragem de sonhar alto". O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward De Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa linha. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem. Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível, e portanto bem menor, que representa a sua base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos seus conhecimentos, seu QI emocional e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões – o balão que você pretende dominar e o que você domina. Se a distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansioso, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranqüilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter.
O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo é possível se você somente almejar alto é pura balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas. Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Escolha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais. Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade.
Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa "fossa do bem-sucedido", tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque "chegaram lá"? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efêmera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou então encha mais seu balão de competências estudando, observando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é nenhuma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua. É chegar lá, e não estar lá como muitos erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem. Mantenha sempre uma meta a lcançar em todas as etapas da vida e você será muito feliz.
Revista Veja, edição 1910, 22 de junho de 2005.
1) (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) O conceito de felicidade usado pelo autor em seu dia-a-dia pode ser definido como, exceto:
a) Sonhar de acordo com as próprias limitações.
b) Manter sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida.
c) Saber administrar a distância entre os desejos e as competências.
d) Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante.
2) (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) É correto inferir que o que torna as pessoas infelizes é, exceto:
a) querer muito mais do que se pode alcançar.
b) não reduzir as ambições à medida que se envelhece.
c) acreditar que tudo é possível se elas somente almejarem alto.
d) evitar que a distância entre o que se tem e o que se quer ter seja excessiva.
3) (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) Todas as seguintes técnicas, com as finalidades indicadas, são usadas pelo autor na estruturação de seu texto, exceto
a) Exemplificação, para ilustrar e explicar pontos de vista.
b) Comparação, para demonstrar como se comporta quem é feliz.
c) Enumeração, para hierarquizar os caminhos para se obter a felicidade.
d) Contraste, em algumas partes, para realçar as diferenças entre o que se quer e o que o faz feliz.
4) (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) Por que tantos gerentes, depois de promovidos, sofrem da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Por que executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”?
A melhor resposta para essas perguntas é:
a) As pessoas pouco ambiciosas não se tornam felizes.
b) Para alcançar a felicidade, as pessoas devem ser mais realistas.
c) A felicidade encontra-se no processo da sua busca e não na sua conquista.
d) A felicidade é alcançada quando se acha a distância entre o que se tem e o que se quer ter.
A BUSCA DA FELICIDADE
Bárbara Axt
Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você. A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem. Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas e muitas vezes. E essa nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes. "As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo", escreveu o escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a revista americana Time.
A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade - é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade. Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para a frente. Felicidade é um truque.
E temos levado esse truque muito a sério. Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação - as pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassadas completas. A doença do momento é a depressão. "A depressão é o mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço", afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua. Muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros - e sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um peso: uma fonte terrível de ansiedade.
Esse assunto sempre foi desprezado pelos cientistas. Mas, na última década, um número cada vez maior deles, alguns influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esforçado para decifrar os segredos da felicidade. A idéia é finalmente desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca infinita causa.
Super Interessante, abril 2005.
5 (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) “Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para frente. Felicidade é um truque”.
A afirmativa do texto 1 que melhor explica o trecho acima, extraído do texto 2, é:
a) “Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter”.
b) “Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões – o balão que você pretende dominar e o que você domina”.
c) “Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua”.
d) “Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências”.
6 (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) Em: “Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você”, enganar você significa, exceto:
a) Levar-nos a fazer algo que aumente nossas chances de sobreviver ou de procriar.
b) Acreditar que ser feliz é uma obrigação e que as pessoas tristes são indesejáveis.
c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes, o que acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes.
d) Convencer-nos de que cada uma das conquistas que realizamos, como: estudar, fazer amigos, casar etc., é a coisa mais importante do mundo.
7 (FUMARC/Câm. Munic. Caeté/2005) Em relação aos textos 1 e 2, todas as considerações estão corretas, exceto:
a) Gerentes depois de promovidos e executivos bem sucedidos são infelizes, porque acreditaram que ser feliz é uma obrigação.
b) A felicidade é efêmera, porque a cada vitória surge uma nova necessidade.
c) Na busca pela felicidade, o combustível que move o homem são suas ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que ele quer abraçar.
d) O texto 1 procura, através de três passos, decifrar os segredos da felicidade.
8 (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) De acordo com o texto 1, se você mantiver uma meta a alcançar em todas as etapas de sua vida, você será feliz.
Todas as afirmações, baseadas no texto 2, contradizem essa idéia, exceto:
a) É ilusão acreditar que cada meta alcançada nos fará feliz, pois a cada vitória surge uma nova necessidade.
b) Felicidade está virando um peso, já que muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros.
c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes.
d) A busca da felicidade nos convence de que cada uma de nossas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas.
9 (FUMARC/Câm. Munic. Caeté /2005) Todas as extrapolações abaixo, a partir dos textos 1 e 2, estão corretas, exceto:
a) As pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassadas completas, porque não levaram o truque da felicidade a sério.
b) Estudar, observar e aprender com os outros, todos os dias, é um dos combustíveis que nos move em busca da felicidade.
c) Se descobrirmos o segredo da felicidade, nos tornaremos infelizes, já que a felicidade é uma dinâmica contínua, é chegar lá e não estar lá.
d) De acordo com Robert Wright, as leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem estar psicológico, por isso não são compatíveis com as idéias de autores de livros de auto-ajuda que definem felicidade como “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”.
10 (FUMARC/ Câm. Munic. Caeté / 2005) Se a depressão é um mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço, é correto inferir que:
a) a busca da felicidade não é o combustível que move a humanidade, pois, se o fosse, não geraria tristeza.
b) não se deve, então, almejar a felicidade, já que ela resulta em uma busca sem fim e que pode levar à depressão.
c) todos aqueles que buscam a felicidade tornam-se infelizes, pois não conseguem aproximar-se dela constantemente.
d) entender o que torna as pessoas mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca infinita causa as tornará menos depressivas.
1-D
2-D
3-B
4-C
5-C
6-B
7-A
8-D
9-A
10-D


A CIDADANIA PARA TODOS

Capitalistas não são em geral ociosos; a maioria provavelmente trabalha, exercendo a direção de empreendimentos, representando investidores em conselhos de administração de sociedades anônimas, exercendo mandatos de representação política, sindical, etc. O que importa é que não trabalham como assalariados ou autôno­mos. Há evidentemente pessoas que trabalham como assalariados e que possuem propriedades que lhes permitiriam viver sem depender de salário. Isso não impede que sejam, para efeitos legais, trabalhadores — e, portanto, sujeitos dos direitos sociais. Estão nessa situação os dirigentes profissionais de grandes empresas, que quase sempre poderiam viver sem trabalhar, da renda das fortunas que amealharam ou herdaram.
A classe trabalhadora compõe-se de duas grandes frações: assalariados e autô­nomos. Os primeiros vendem sua capacidade de produção a empregadores e essa condição lhes confere direitos que a legislação do trabalho especifica. Os outros pro­duzem com seus próprios meios de produção, de forma individual ou associada, como trabalhadores por conta própria, microprodutores ou sócios de empresas que não têm assalariados (pois, se tivessem, seriam empregadores e, portanto, capitalis­tas). Estas últimas podem ser empresas familiares, sociedades comerciais de vários tipos ou cooperativas.
Grande parte dos direitos do trabalho se aplica diretamente aos assalariados, que nos países capitalistas desenvolvidos constituíam, até recentemente, a grande maioria dos trabalhadores. Os trabalhadores por conta própria são por definição proprietários, mas sua propriedade não é suficiente para que possam satisfazer suas necessidades sem trabalhar. Seus direitos sociais os colocam em situação intermediária entre capitalistas e assalariados, pois compartilham com, os primeiros a condição de empreen­dedores e com os últimos a condição de viver do próprio trabalho.
Há que distinguir entre os trabalhadores que têm emprego ou negócio próprio e os que não exercem atividade remunerada, seja porque não encontram quem queira empregá-los ou comprar os serviços ou bens que produzem, seja porque estão incapacitados para o trabalho por motivo de idade, enfermidade, acidente de trabalho, etc.
Na sociedade capitalista, o normal é que a cada momento uma parcela dos trabalha­dores careça de recursos para a sobrevivência por falta de trabalho. A situação de pleno emprego, em que todos os que precisam de trabalho remunerado o obtêm e todos os que trabalham por conta própria encontram compradores para sua produção, deve ser considerada excepcional.
SINGER, Paul. A cidadania para todos. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Orgs.) História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003. p. 191-192.
1 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) Assinale, entre as seguintes afirmativas, a que pode ser comprovada pela leitura do texto.
A) Os direitos sociais só se aplicam aos trabalhadores que são apenas assalariados.
B) Os que dependem de seus salários para viver podem ser considerados trabalhadores.
C) Quem vende sua própria produção tem os direitos sociais suprimidos pela legislação do trabalho.
D) Quem vive apenas de fortuna amealhada ou herdada pode ser considerado como um trabalhador.
2 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) “0 que importa é que não trabalham como assalariados ou autônomos.”
No texto, essa frase refere-se a
A) capitalistas.
B) dirigentes de empresas
C) dirigentes profissionais
D) trabalhadores.
3 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) “Isso não impede que sejam para efeitos legais, [...] sujeitos dos direitos sociais.”
No texto, essa frase refere-se a
A) dirigentes profissionais de empresas.
B) herdeiros de fortunas consideráveis.
C) possuidores de propriedades rendosas.
D) produtores por seus próprios meios.
4 (FUNDEP-CâmaraBH-2004)Com base na leitura do texto, é CORRETO afirmar que, na sociedade capitalista,
A) a falta de trabalho pode ser considerada ocorrência normal.
B) apenas doentes e idosos podem deixar de trabalhar.
C) os trabalhadores autônomos não precisam trabalhar para viver.
D) todos os trabalhadores exercem atividades justamente remuneradas.
5 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) De acordo com o texto, a situação de pleno emprego configura-se quando todos os
A) assalariados e produtores são ressarcidos por suas atividades.
B) cidadãos vêem satisfeitas suas necessidades básicas.
C) produtores conseguem vender todos os seus produtos.
D) trabalhadores recebem salários adequados à sua atividade.
6 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) Capitalistas não são em geral ociosos; maioria provavelmente trabalha exercendo a direção de empreendimentos [...], exercendo mandatos de representação política, sindi­cal. etc.”
A expressão, a palavra e a oração destacadas nesse trecho expressam uma idéia comum de
A) causalidade
B) complementaridade.
C) finalidade.
D) modalidade.
7 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) “Há evidentemente pessoas que trabalham como assalariados e que possuem propriedades que lhes permitiriam viver sem depender de salário.”
Nesse trecho, a forma verbal destacada exprime uma idéia de
A) determinação.
B) hipótese.
C) imposição.
D) urgência.
8 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) “Há evidentemente pessoas que trabalham como assalariados e que possuem proprieda­des que lhes permitiriam viver sem depender de salário.” (linhas 5-6)
Nesse trecho, as três palavras destacadas substituem, respectivamente,
A) pessoas, assalariados e pessoas.
B) pessoas, assalariados e propriedades.
C) pessoas, pessoas e pessoas.
D) pessoas, pessoas e propriedades.
9 (FUNDEP-CâmaraBH-2004) “A classe trabalhadora compõe-se de duas grandes frações assalariados e autônomos “.
Essa frase exprime, basicamente, uma
A) alusão.
B) classificação.
C) gradação.
D) repetição.
Gabarito
1-B
2-A
3-A
4-A
5-A
6-D
7-B
8-D
9-B
(FUNDEP/TJMG/Técnico Jud./2005)
INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 18 relacionam-se com o texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas.

HISTÓRIA DA CIDADANIA

(Introdução)
Afinal, o que é ser cidadão?
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. [...]
Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional, o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.
A aceleração do tempo histórico nos últimos séculos e a conseqüente rapidez das mudanças faz com que aquilo que, num momento, podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte, seja algo corriqueiro, “natural” (de fato, não é nada natural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não tenha, hoje, direito ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muito pouco tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia, etc. Ainda há países em que os candidatos a presidente devem pertencer a determinada religião (Carlos Menem se converteu ao catolicismo para poder governar a Argentina), outros em que nem filho de imigrante tem direito a voto e por aí afora. A idéia de que o Poder Público deve garantir um mínimo de renda a todos os cidadãos e o acesso a bens coletivos, como saúde, educação e previdência, deixa ainda muita gente arrepiada, pois se confunde facilmente o simples assistencialismo com dever do Estado.
Não se pode, portanto, imaginar uma seqüência única, determinista e necessária para a evolução da cidadania em todos os países. [...] Isso não nos permite, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para sua ampliação, ao longo da história.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Declaração dos Direitos Humanos, dos Estados Unidos da América do Norte, e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos, e passaram a estruturá-lo com base nos direitos do cidadão. Desse momento em diante, todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental os estendesse para mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias. Nesse sentido, pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Orgs.). História da cidadania.
São Paulo: Contexto, 2003. p. 9-10. (Texto adaptado)
1) “Afinal, o que é ser cidadão?” (linha 1)
É CORRETO afirmar que a resposta a essa pergunta, que introduz o texto, é construída sob a forma de uma
A) admoestação. B) citação. C) definição. D)reiteração.
2) “Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais...”(linhas 4-5)
Com base na leitura do texto, é CORRETO afirmar que, nessa frase, se confere aos direitos sociais, numa democracia, principalmente, um papel
A) coadjuvante. B) essencial. C) expressivo. D) intermediário.
3) “Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico...” (linha 9)
Com base na leitura do texto, é CORRETO afirmar que a expressão destacada nessa frase autoriza considerar-se cidadania como um conceito
A) absoluto. B) indefinido. C) ilimitado. D) relativo.
4) Considerando-se as informações do texto, é CORRETO afirmar que a prática da cidadania NÃO é
A) diferenciada. B) evolutiva. C) homogênea. D) multifacetada.
5) “Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia, etc.” (linhas 28-30)
É CORRETO afirmar que as informações contidas nesse trecho permitem inferir que as instituições políticas nem sempre são
A) confiáveis. B) exeqüíveis. C) imutáveis. D) presumíveis.
6) “Isso não nos permite, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para sua ampliação, ao longo da história.” (linhas 38-40)
É CORRETO afirmar que as informações contidas nesse trecho são, no texto,
A) criticadas. B) fundamentadas. C) refutadas. D)subestimadas.
7) “Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos, e passaram a estruturá-lo com base nos direitos do cidadão.” (linhas 43-45)
Com base nas informações desse trecho, é CORRETO afirmar que os direitos de cidadania orientam um processo de
A) elitização. B) hierarquização. C) moderação. D) modernização.
8) “... todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania...” (linhas 45-46)
Com base na leitura desse trecho, é CORRETO afirmar que o conceito e a prática de cidadania podem ser considerados
A) ambíguos. B) contraditórios. C) deterministas. D)dinâmicos.
9) “... pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.” (linhas 48-49)
É CORRETO afirmar que as informações contidas nessa frase permitem inferir que cidadania e democracia se
A) excluem. B) implicam. C) parecem. D) projetam.
10) “A idéia de que o Poder Público deve garantir um mínimo de renda a todos os cidadãos [...] deixa ainda muita gente arrepiada...” (linhas 33-35)
É CORRETO afirmar que, nessa frase, a expressão destacada configura o emprego de uma linguagem
A) erudita. B) figurada. C)hermética. D)incorreta.
1-C
2-B
3-D
4-C
5-C
6-B
7-D
8-D
9-B
10-B

(FUNDEP/TJMG/Oficial Jud./2005)

INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 18 relacionam-se com o texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas.

O PECADO DA INTOLERÂNCIA

Numa escola de uma capital brasileira, alguns pais reclamam com a direção: não querem seus filhos estudando ao lado de dois meninos estrangeiros, de um país que consideram “atrasado e fanático”. A direção, a meu ver, pecando por compactuar com a intolerância, agravada pelo fato de envolver crianças, pede aos pais que resolvam o assunto entre eles. Resultado: os pais dos meninos estrangeiros, pressionados de um lado e desamparados de outro, tiram os filhos da escola. Diga-se que o pai em questão é um executivo com um currículo invejável e a mãe, professora universitária. Mas, ainda que fossem pessoas simples, seus direitos teriam sido igualmente feridos.
***
Num restaurante de classe média, pessoas torcem o nariz e pagam a conta antecipadamente, sem concluir a refeição, porque, na mesa ao lado, se senta um casal negro, com uma filha e um filho adolescentes. Ninguém comenta ou reclama de que se trata de uma demonstração criminosa de racismo, não comprovável, mas evidente. A adolescente discriminada põe-se a chorar e pede aos pais para irem embora também. A família comemorava ali o 14o aniversário dela.
***
Um rapaz decide largar os estudos superiores e empregar-se numa empresa decente. O salário não é alto, mas a situação lhe convém: ele prefere experiência a diploma, e é isso que lhe está sendo oferecido. O pai resolve não falar mais com ele, nega-lhe qualquer ajuda monetária e só não o expulsa de casa devido aos apelos da mãe. Porém, em todas as ocasiões em que é possível, deixa claro que o filho é “a sua grande decepção”.
***
Uma mulher decide sair de um casamento infeliz e pede a separação. O marido, que, certamente, também não está feliz, recusa qualquer combinação amigável e quer uma separação litigiosa. As duas filhas moças tomam o partido do pai, como se, de repente, a mãe que delas cuidara por mais de vinte anos tivesse se transformado em alguém desprezível, irreconhecível e inaceitável. Nenhuma das duas lhe pergunta os seus motivos; ninguém deseja saber de suas dores; nenhuma das duas jovens mulheres lhe dá a menor chance de explicação, o menor apoio. Parece-lhes natural que, diante de um passo tão grave da parte de quem as criara, educara, vestira, acarinhara e acompanhara devotamente por toda a vida, fosse negado qualquer apoio, carinho e respeito.
***
Os casos se multiplicam, são muito mais cruéis do que esses, existem em meu bairro, em seu bairro. Nossa postura diante do inesperado, do diferente, raramente é de atenção, abertura, escuta. Pouco nos interessam os motivos, o bem, as angústias e buscas, direitos e razão de quem infringe as regras da nossa acomodação, frivolidade ou egoísmo. Queremos todos os privilégios para nós, a liberdade, a esperança. Para os outros, mesmo se antes eram muito próximos, queremos a imobilidade, a distância. Cassamos sem respeitar os seus direitos humanos mais básicos. A intolerância, que talvez não conste no índex das religiões mais castradoras, é, com certeza, um feio pecado capital. Do qual talvez nenhum de nós escape, se examinarmos bem.
LUFT, Lya. VEJA, 15 dez. 2004. p. 22.
1) É CORRETO afirmar que, entre os exemplos de discriminação tratados nesse texto, NÃO se inclui um que tem por motivo a
A) doença. B) escolaridade. C) etnia. D) nacionalidade.
2) É CORRETO afirmar que os comentários que compõem a conclusão desse texto estão estruturados numa forma
A) descritiva. B) dissertativa. C) exortativa. D) narrativa.
3) “A direção [...] pede aos pais que resolvam o assunto entre eles.” (linhas 3-5)
Considerando-se as informações do texto, é CORRETO afirmar que o comportamento da Diretoria da escola, expresso nessa frase, revela uma atitude de
A) elitismo. B) hostilidade. C) indiferença. D) orgulho.
4) “Ninguém comenta ou reclama de que se trata de uma demonstração criminosa de racismo, não comprovável, mas evidente.” (linhas 13-15)
É CORRETO afirmar que, nessa frase, se configura uma atitude de
A) desatenção. B) discrição. C) observação. D) omissão.
5) “O pai resolve não falar mais com ele, nega-lhe qualquer ajuda monetária e só não o expulsa de casa devido aos apelos da mãe.” (linhas 20-22)
É CORRETO afirmar que a reação do pai aos atos do filho, explicitada nessa frase, revela, por parte daquele, uma atitude de
A) admoestação. B) apreensão. C) rejeição. D) tensão.
6) “Parece-lhes natural que, diante de um passo tão grave da parte de quem as criara [...] e acompanhara devotamente por toda a vida, fosse negado qualquer apoio, carinho e respeito.” (linhas 32-34)
A leitura desse trecho permite concluir que a atitude das filhas em relação à mãe, narrada nessa frase, se acha bem caracterizada em um ditado popular muito conhecido.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente esse ditado popular.
A) “Acender uma vela a Deus e outra ao diabo.”
B) “Cuspir no prato em que comeu.”
C) “Desvestir um santo para vestir outro.”
D) “Procurar sarna para se coçar.”
7) “Diga-se que o pai em questão é um executivo com um currículo invejável...” (linha 7)
É CORRETO afirmar que a expressão destacada nessa frase é inadequada para designar alguém cujo perfil profissional se caracteriza por uma
A) carreira em constante ascensão.
B) experiência em diferentes áreas.
C) formação intelectual primorosa.
D) resistência a idéias avançadas.
8) “Num restaurante de classe média, pessoas torcem o nariz [...] porque, na mesa ao lado, se senta um casal negro...” (linhas 11-13)
É CORRETO afirmar que a expressão destacada nessa frase é usada, habitualmente, na linguagem
A) acadêmica. B) informal. C) oratória. D) poética.
9) “A intolerância [...] é, com certeza, um feio pecado capital.” (linhas 43-44)
É CORRETO afirmar que, entre os sentidos que se podem atribuir à palavra destacada nessa frase, NÃO se inclui o de
A) fundamental. B) humilhante. C) principal. D) relevante.
Gabarito
1-A
2-B
3-C
4-D
5-C
6-B
7-D
8-B
9-B
PROVA FUNDEP 2004
CARGO: ASSISTENTE TÉCNICO
FUNÇÃO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Instrução: As questões de 01 a 10 relacionam-se com o texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas.
O MENOR DOS MALES
Pode parecer preocupante, mas na verdade a robótica é apenas uma das vertentes envolvidas na criação de uma nova geração de armamentos, que vão transformar as guerras em algo diverso de tudo aquilo que conhecemos até hoje.
Quem esclareceu o potencial virtualmente ilimitado desses estranhos equipamentos foi um dos maiores especialistas do ramo, Bill Joy, co-fundador e cientista-chefe da Sun Microsystems, num artigo publicado pela revista Wired em abril de 2000, cujo subtítulo era: “Nossas mais modernas tecnologias - robótica, engenharia genética e nanotech - ameaçam transformar os humanos em uma espécie em extinção. Nas suas palavras:
“Eu acredito que não seja exagerado dizer que estamos no limiar do aperfeiçoamento último do mal extremo. Um mal cuja possibilidade se difunde para muito além daquele que as armas de destruição em massa impuseram aos Estados-nações, no sentido de dotar de poderes ilimitados indivíduos ou grupos partidários de convicções extremistas.”
É por conta de riscos dessa natureza que cientistas, ONGs e grupos de orientação ecológica e humanitária por todo mundo insistem em que pesquisas em qualquer dessas áreas-chave, e em especial na interação delas, sejam tornadas públicas, transparentes, controladas, regulamentadas, fiscalizadas e, no melhor dos casos, banidas. Insiste-se em que deva prevalecer o princípio da prudência: se qualquer ramo de pesquisa envolve a possibilidade de desencadear uma crise de conseqüências imprevisíveis, ela deve ser abortada.
Mas como é fácil de imaginar, esse princípio não é muito popular entre governantes, grandes corporações e cientistas ambiciosos. O que cria uma nova e paradoxal corrida armamentista no século XXI. Não mais pela arma atômica mas poderosa, mas pelo menor e mais terrivelmente letal robô-vivo. Não mais Frankenstein nem King Kong, mas a Cyberbactéria.
CARTA CAPITAL, 7 maio 2003. p. 53.
Questão 01
Indique a alternativa que apresenta a frase que, no texto, define o sentido do título dado pelo autor a seu artigo.
A) “Mas como é fácil imaginar, esse princípio não é muito popular entre governantes, grandes corporações e cientistas ambiciosos.”
B) “...mas, na verdade, a robótica é apenas uma das vertentes envolvidas na criação de uma nova geração de armamentos.”
C) “Não mais pela arma atômica mais poderosa, mas pelo menor e mais terrivelmente robô-vivo.”
D) “Nossas mais modernas tecnologias - robótica, engenharia genética e nanotech - ameaçam transformar os humanos em uma espécie em extinção.”
Questão 02
Dos trechos seguintes, o que, no texto, NÃO se aplica especificamente ao que o autor do artigo chama de “nova geração de armamentos” é
A) “dotar de poderes ilimitados indivíduos ou grupos partidários de convicções extremistas.”
B) “ser muito popular entre governantes, grandes corporações e cientistas ambiciosos.”
C) ser “um mal cuja possibilidade se difunde para muito além daquele que as armas de destruição em massa impuseram aos Estados-nações...”
D) “Transformar as guerras em algo diverso de tudo aquilo que conhecemos até hoje.”
Questão 03
“Quem esclareceu o potencial virtualmente ilimitado desses estranhos equipamentos foi um dos maiores especialistas do ramo...” (linhas 4-5) Considerando-se a expressão assinalada, a qualificação dada pelo autor do texto ao potencial dos novos armamentos indica que eles poderão vir a ser
A) incontáveis
B) incontroláveis
C) insustentáveis
D) intransponíveis
Questão 04
“Eu acredito que não seja exagero dizer que estamos no limiar do aperfeiçoamento último do mal extremo.” (linhas 10-11) É CORRETO afirmar que o sentido da oração assinalada oferece, ao que é explicitado no restante do período transcrito,
A) um esclarecimento
B) um respaldo
C) uma exemplificação
D) uma contradição
Questão 05
É CORRETO afirmar que as informações veiculadas através do texto são
A) aleatórias
B) capiciosas
C) exaustivas
D)fundamentadas
Questão 06
“...na verdade a robótica é apenas uma das vertentes envolvidas na criação de uma nova geração de armamentos.” (linhas 1-2) A palavra assinalada explicita uma idéia de
A) alusão
B) enumeração
C) exclusão
D) quantificação
Questão 07
“um mal cuja possibilidade se difunde para muito além daquele que as armas de destruição em massa impuseram aos Estados-nações...” (linhas 11-12) A palavra assinalada tem, na frase, o sentido de
A) da qual
B) do qual
C) na qual
D) no qual
Questão 08
“...cientistas, ONG's e grupos de orientação ecológica (...) insistem em que pesquisas em qualquer dessas áreas-chave (...) sejam tornadas públicas...” (linhas 15-17) As áreas chaves a que se refere o demonstrativo dessas estão citadas, no texto,
A) no primeiro e no segundo parágrafos.
B) no primeiro e no terceiro parágrafos
C) no segundo e no quinto parágrafos.
D) no terceiro e no quinto parágrafos.
Questão 09
“...pesquisas em qualquer dessas áreas-chave (...) sejam tornadas públicas (...) e, no melhor dos casos, banidas...” (linhas 16-18) A forma verbal assinalada está corretamente analisada como
A) futuro do presente do indicativo.
B) presente do imperativo
C) presente do indicativo
D) presente do subjuntivo
Questão 10
“... se qualquer ramo da pesquisa envolve a possibilidade de desencadear uma crise de conseqüências imprevisíveis, ela deve ser abortada.” (linhas 19-21) A palavra assinalada explicita, entre orações do período transcrito, uma relação de
A) causalidade.
B) comparação.
C) concessão.
D) condicionalidade.
Gabarito
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