Leia o texto a seguir para responder às próximas 3 questões.
Bolsa-Floresta
Quando os dados do desmatamento de maio
saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram trancados por vários
dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de
floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um
Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta tropical. No Amazonas,
visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.
O Estado do Amazonas é o que tem a
floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98% da floresta
estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona
Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de
emprego e renda para a população do estado. Há quem acredite que a pressão
acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.
João Batista Tezza, diretor
técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso
trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que
foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de
implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem
perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no
projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma
de compensação pelos serviços que prestam. [...]
Tezza é economista e acha que a
economia é que trará a solução:
— A destruição ocorre porque existem
incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção. [...]
Nas áreas próximas às reservas
estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o
Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o conceito dos
serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emissões
evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no
mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe da Fundação está
dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, viajando dias
e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha
mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro
projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no Amazonas, onde a
floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia
estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas
recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo.
19 jul. 2008. (adaptado)
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 5 - A expressão em destaque no
trecho “Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da
gaveta...” (1º parágrafo) pode ser adequadamente substituída, sem
alteração do sentido, por
(A) foram finalmente examinados.
(B) foram apresentados às autoridades.
(C) foram tirados da situação de abandono.
(D) encaminharam-se ao setor técnico.
(E) chegaram ao conhecimento público.
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 6 - “— A destruição ocorre
porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos de
proteção.” (5º parágrafo). Avalie se as afirmativas apresentadas a
seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F), em relação ao trecho acima.
( ) Tanto a destruição da floresta quanto a sua proteção dependem
de medidas econômicas.
( ) O conceito da palavra “incentivos” é igual nas expressões
“incentivos econômicos” e “incentivos de proteção”.
( ) Se houver incentivo de proteção, a destruição cessará.
A seqüência correta é:
(A) V - V – F
(B) V - F - V
(C) V - F - F
(D) F - V - F
(E) F - F - V
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 7 - No texto, “ativo” (7º
parágrafo) significa
(A) ato.
(B) bem.
(C) elevado.
(D) prático.
(E) em exercício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.