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terça-feira, 25 de março de 2014

Leia o texto a seguir para responder às próximas 3 questões.

Leia o texto a seguir para responder às próximas 3 questões.

Bolsa-Floresta

Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.
O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98% da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há quem acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.
João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]
Tezza é economista e acha que a economia é que trará a solução:
— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção. [...]
Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emissões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]

LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)


(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 5 - A expressão em destaque no trecho “Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta...” (1º parágrafo) pode ser adequadamente substituída, sem alteração do sentido, por

(A) foram finalmente examinados.
(B) foram apresentados às autoridades.
(C) foram tirados da situação de abandono.
(D) encaminharam-se ao setor técnico.
(E) chegaram ao conhecimento público.


(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 6 - “— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos de proteção.” (5º parágrafo). Avalie se as afirmativas apresentadas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F), em relação ao trecho acima.

(  ) Tanto a destruição da floresta quanto a sua proteção dependem de medidas econômicas.
(  ) O conceito da palavra “incentivos” é igual nas expressões “incentivos econômicos” e “incentivos de proteção”.
(  ) Se houver incentivo de proteção, a destruição cessará.

A seqüência correta é:

(A) V - V – F
(B) V - F - V
(C) V - F - F
(D) F - V - F
(E) F - F - V


(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 7 - No texto, “ativo” (7º parágrafo) significa

(A) ato.
(B) bem.
(C) elevado.
(D) prático.
(E) em exercício.

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