sábado, 22 de março de 2014

+LER +






Depoimento a Patrícia Cerqueira




Oi, meu nome é Ivo José Jordão, tenho 15 anos e gosto muito de ler. Estou no 1º ano do ensino médio do Colégio Pré-Médico, em São Paulo. A maioria do pessoal da minha idade odeia ler. Eu, não. Leio tudo o que cai na minha mão... Livros de ficção, de mistério e até de religião. Leio o que os professores mandam, o que meus pais gostam, mas, principalmente, o que o meu amigo Rodrigo Keiti Inouye indica. Ele tem 20 e poucos anos e já é professor de português. Me divirto à beça com as indicações dele. Não me acho “muito diferente” por causa do meu gosto. Mas, pensando bem, talvez eu seja um pouco, sim. Sou até capaz de trocar horas no computador por uma boa história. Só que leitura, para mim, tem algumas regras:

• Leio por diversão, e não pensando “o que vou tirar de bom”.
• Sou contra a leitura “forçada”. (Só que com a escola a gente não discute. Essa é a única leitura “forçada” que tolero, e tem professores até que indicam coisas legais).
• Se começar a ler e não gostar, troque de livro, ou pule, leia o fim. Faço isso sem problema.
• Livro deve ter algo emocionante. Tem de ser “livro-chiclete”.
• Se achar um livro que é a sua cara, leia outras coisas do mesmo autor e do mesmo gênero.
• Não se assuste com o número de páginas. Eu leio pelo conteúdo e não pela quantidade de páginas. Já li um livro com mais de 200 páginas em um dia.
• Falta de dinheiro não impede que você leia. Não tenho grana pra comprar livro sempre. A maioria dos que leio é emprestada.

Na minha mão só fica “livro-chiclete”: aquele que gruda e a gente só larga quando termina.

Momo e o Senhor do Tempo, do Michael Ende, é um desses. Conta a história de uma garota órfã e pobre, a Momo, que vai morar em um velho anfiteatro abandonado e se torna amiga de todos por causa de uma qualidade muito especial e rara hoje em dia: ela gosta de ouvir os outros. Mas, na cidade, os homens cinzentos começam a tramar um plano maligno para roubar o tempo das pessoas. Eles as fazem correr no dia-a-dia para economizar o tempo e, inconscientemente, dá-lo aos homens cinzentos. Isso me fez pensar em como corremos para tudo. Pensamos que estamos ganhando, mas, na verdade, não paramos para curtir a vida com as pessoas que gostamos. Existem muitos personagens fantásticos... É uma porta aberta para a imaginação. Cada vez que você lê, entende as histórias de um jeito diferente. Isso é genial!

Outro “livro-chiclete” é Os meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár. Li quando tinha 12 anos. E, nessa idade, o que a gente mais quer? Ter muitos amigos. Ter ombro pra chorar, pessoas pra desabafar, rir e se divertir... Ele fala da amizade quase perfeita entre um grupo de amigos. Fala de lealdade, coisa que deve estar sempre presente na amizade. Ficou na minha cabeça. Gostei dele inteirinho. Li em um dia. Sei que saiu uma edição nova. A que li, emprestada do meu amigo, era antiga. Estava meio despedaçada. Mas não me impediu de achar o máximo.

Pensar por conta própria, do Enrique Monastério, também está na minha lista dos preferidos. É do tipo religioso. É bacana porque o autor mostra situações cotidianas complicadas, como aborto ou separação. Usa esses exemplos para falar de certo e errado. Faz a gente pensar bastante. Também na linha de religioso tem Cruzada em jeans, da Thea Beckman. Uma aventura e tanto! Um menino viaja na máquina do tempo do pai dele, de calça jeans e casacão. Mas algo dá errado e ele vai parar no meio das Cruzadas, na Alemanha. Uma Cruzada diferente. De crianças. Ele acaba preso na Idade Média, não consegue voltar. Passa por um monte de aventuras, percebe a importância do espírito de servir um ideal. Acho que a autora quis mostrar a importância de ser amigo dos outros, de ajudar as pessoas.

Esse foi meu toque de títulos legais para ler. Vale a pena!

Foi um prazer lembrar deles e dar essas idéias.

Um abração para todo mundo. Falous! ©

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