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sábado, 7 de junho de 2014

ANÁFORA & ANÁFORA - NA MÚSICA BOBO DA CORTE DE ALCEU VALENÇA



Nem todo o beijo é pecado
Nem toda fruta é maçã
Nem todo réu é culpado
Nem toda culpa é cristã
Nem toda carta é marcada
Nem toda lente é ray-ban
Nem toda noite é noitada
Nem toda luz é manhã...(2x)
Por isso eu exijo respeito
Por teu desmantelo
Teus olhos vermelhos
Se vendo no espelho
E querendo voar...
Por isso eu exijo respeito
Por duas palavras
Na boca da noite
Na boca do bobo da corte...
Nem todo o beijo é pecado
Nem toda fruta é maçã
Nem todo réu é culpado
Nem toda culpa é cristã
Nem toda carta é marcada
Nem toda lente é ray-ban
Nem toda noite é noitada
Nem toda luz é manhã...
Por isso eu exijo respeito
Por teu desmantelo
Teus olhos vermelhos
Se vendo no espelho
E querendo voar...
Por isso eu exijo respeito
Por duas palavras
Na boca da noite
Na boca do bobo da corte...

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Em retórica, anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem muito usada nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia.

[editar] Exemplos

Nem tudo que ronca é porco ,
Nem tudo que berra é bode,
Nem tudo que reluz é ouro,
Nem tudo falar se pode.

"Não cos manjares novos e esquisitos,
Não cos passeios moles e ociosos
Não cos vários deleites e infinitos..." (Os Lusíadas, 6-96)

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer,
é um não querer mais que bem querer. (Camões)

Ilha cheia de graça
Ilha cheia de pássaros
Ilha cheia de luz
Ilha verde onde havia
mulheres morenas e nuas" (Cassiano Ricardo)

Nada vai me fazer desistir do amor...
Nada vai me fazer desistir de voltar todo dia pro seu calor...
Nada vai me levar do amor... (Jorge Vercillo)

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia. (Manoel Bandeira)

[editar] Outros usos

Em publicidade e no cinema, também se pode chamar anáfora à repetição de imagens (por exemplo, para dar a noção da sucessão de dia após dia, ou de rotina, pode-se repetir a mesma cena diversas vezes - como alguém a levantar-se da cama, podendo-se usar, para este efeito, exactamente a mesma sequência de imagens). Tal recurso é extensamente utilizado no filme Requiem for a Dream.
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