Comédias para se ler na escola, de Luís Fernando Veríssimo
Comédias para se Ler na Escola é uma antologia de crônicas de Luís Fernando Veríssimo organizada por Ana Maria Machado, leitora de carteirinha do autor. Ela releu durante meses textos do autor, e preparou uma seleção de crônicas capaz de despertar nos estudantes o prazer e a paixão pela leitura. O resultado pode ser conferido em Comédias para se ler na escola, uma rara e feliz combinação de talentos.
O título do livro resulta da teoria do autor de que até pessoas que não são habituadas a ler obras literárias são capazes de se deliciar com elas. A obra, porém, é ideal para ser lida não só na escola, mas onde quer que se esteja, e para aqueles momentos em que se deseja ter um pouco de descontração.
Em seu sensível texto de abertura, Ana Maria Machado observa: "Depois de ler este livro, duvido que algum jovem ainda seja capaz de dizer, sinceramente, que não curte ler. E, para não ficar achando que só gosta deste livro, que leia os outros do autor. Aposto que, em sua maioria, os novos leitores vão se viciar em livro e sair procurando outros textos, de outros autores. Com vontade de, um dia, chegar a escrever assim. Quem sabe? O Veríssimo nunca pensou que ia ser escritor quando crescesse. Seu negócio era mesmo um bom solo de saxofone, instrumento em que ainda arrasa, escondido. Mas com essa história de ser músico, desenvolveu tanto o ouvido que acabou assim: hoje ele ouve (e conta pra nós) até o que pensamos, sentimos e sonhamos em silêncio. Em qualquer idade."
A coletânea de crônicas reúne 35 narrativas curtas trazendo o universo das histórias e personagens de Veríssimo. Dessa vez, o autor aparece sentado num banco escolar, arremessando um aviãozinho de papel.
No livro Comédias para se ler na escola, podemos encontrar alguns exemplos de um trabalho que ora se debruça sobre a gramática da língua ora se esgueira pelos labirintos do discurso. Através de jogos lingüísticos e da ironia do autor, a vida surge esplendorosa diante de um leitor que se identifica com as idéias do escritor e que aguarda ansioso a oportunidade de ler novas crônicas.
A seleção de Ana Maria Machado em Comédias para se ler na escola permite ao leitor mergulhar no universo das histórias e personagens de Veríssimo prestando atenção nos múltiplos recursos deste artesão das letras. A habilidade para os exercícios de linguagem ou de estilo pode ser conferida em crônicas como "Palavreado", "Jargão", "O ator" e "Siglas". A competência para desenvolver as comédias de erro está presente em "O Homem Trocado", "Suflê de Chuchu" e "Sozinhos". A mestria para criar pequenas fábulas, com moral não explícita, aparece em "A Novata", "Hábito Nacional" e "Pode Acontecer". A aptidão para resgatar memórias é a marca de "Adolescência", "A Bola" e "História Estranha". E, por fim, o dom para abordagens originais de temas recorrentes revela-se em "Da Timidez", "Fobias" e "ABC".
Como podemos perceber, o tema das crônicas é o cotidiano.
O livro é dividido em seis partes conforme veremos a seguir.
1. “Equívocos” - apresenta uma seleção de crônicas que põe a imaginação do leitor para funcionar. Situações quase surreais, como a do menino que vira super-herói em “A espada”, são diversão garantida para os que gostam de aventura.
Crônicas de "Equívocos":
A espada – Um garoto de 7 anos ganha uma espada misteriosa no dia de seu aniversário. Ele fala ao pai que agora era um “Thunder boy”. O pai não o leva a sério, mas se surpreende quando escuta um forte estrondo e vê seu filho cumprindo sua missão de “Thunder boy”.
O marajá – Um marido, cansado das crises de histeria da mulher, D. Morgadinha, em relação à limpeza da casa, pede a um amigo que se finja de Marajá, a fim de que a mulher se esquecesse um pouco da mania de limpeza. Não dá certo, a mulher se apaixona pelo falso Marajá.
O homem trocado – As desventuras de um homem que teve toda a vida trocada, desde seu nascimento. Agora, estava em um hospital para operar a apendicite e enganaram-se na cirurgia: trocaram-lhe o sexo.
Suflê de chuchu – Duda, uma garota de classe média vai tentar a vida na Europa, porém não sabe fazer nada. Fica ligando para a mãe a fim de pedir-lhe explicações sobre assuntos domésticos.
Sozinhos – Dois velhinhos roncadores que descobrem, sem querer, que os ladrões (ou a morte) invadiram sua casa.
A foto – Família se reúne para tirar foto com o bisa e a bisa que já estão muito velhinhos. Como ninguém queria deixar de aparecer na foto, o velhinho se irrita, tira a foto da família e vai dormir.
2. “Outros tempos” - faz uma incursão à juventude e mostra o quanto ela pode ser engraçada quando nos lembramos dela mais tarde.
Crônicas de "Outros tempos":
A bola – O garoto ganha uma bola e, obcecado por videogame não sabe o que fazer com ela. O pai se decepciona.
História estranha – Um homem de quarenta anos se reconhece em uma criança que está brincando no parque. A criança também o identifica, eles se abraçam e o garoto pensa em como seria sentimental quando crescesse.
Vivendo e... – O narrador começa a lembrar do que fazia na infância e percebe que já não é mais capaz nem de cuspir com a língua entre os dentes como fazia antigamente.
Adolescência – Um garoto perturba a todos com o violino que acabara de ganhar. Cansados, os vizinhos e o pai contratam Vandeca Furacão para que o garoto se esquecesse do instrumento musical.
3. “De olho na linguagem” - prova que é possível ser engraçado sem abrir mão do bom português. A crônica “Sexa”, que aborda a ingenuidade de um garoto diante da mente maliciosa do pai, já vale o livro.
Crônicas de "De olho na linguagem":
Sexa – Um garoto interroga o pai sobre o feminino de sexo.
Pá, pá, pá – Um brasileiro tenta explicar a uma americana o que significam certas expressões da língua como: “pois é”, pois sim, pois não e pá, pá, pá”.
Defenestração – O narrador brinca com o significado de certas palavras e se interroga com o sentido de “defenestrar” – ato de atirar algo ou alguém da janela.
Tintim – Brincadeira com as expressões brasileiras: tintim – barulho das moedas.
Papos – O narrador brinca com as palavras e critica a gramática da língua portuguesa através da colocação pronominal.
O jargão – O narrador se imagina um marinheiro, embora não entenda nada de barcos e começa a usar vários jargões (provavelmente inventados), fazendo uma crítica aos economistas que usam palavras as quais ninguém entende, mas que as pessoas jamais ousariam questionar.
Pudor – O narrador brinca com o significado de algumas palavras, dentre elas “trilhão”, que antigamente significava um número muito alto, impossível de se imaginar e que hoje, devido à inflação e às mudanças de planos econômicos torna-se quase íntimo nosso.
Palavreado – O narrador brinca com as palavras e imagina novos significados para elas (falácia, lascívia, fornida, lipídio, otorrino, pseudônimo etc.).
4. “Fábulas” - mostra o lado cômico das situações mais embaraçosas do cotidiano
Crônicas de "Fábulas":
A novata – Conta o primeiro dia de trabalho na vida de uma jornalista. No início o chefe não acredita muito na moça, mas ela se revela uma ousada profissional.
Bobagem – Dois amigos que não se viam há muitos anos porque estavam brigados e nem se lembravam do porquê. Pensaram que deveria ser bobagem. Conversaram, beberam, marcaram um outro encontro, mas um deles não compareceu porque havia se lembrado da bobagem que os fez brigar.
Hábito Nacional – Vários políticos famosos brasileiros morrem em um desastre de avião. São Pedro quer levá-los direto para o inferno, mas Deus lhes perdoa. “Sabe como é, Brasileiro...”
Pode acontecer – Dois amigos tramam atacar o Congresso Nacional e pegar políticos como reféns. O fracasso foi total, pois no dia combinado os políticos faltaram ao serviço.
Direitos humanos - É a história do motorista Algemiro, que ao levar uns americanos para conhecer o Rio de Janeiro, encontra Budum Filho, um homem que estava lhe vendendo o dinheiro do jogo de bicho. Algemiro briga com o rapaz, mas este se faz de vítima para os americanos que o defendem.
Segurança – Cansados de serem assaltados, os moradores de um condomínio fechado tentam de todas as maneiras buscar estratégias para espantar os ladrões e ficam cada vez mais trancados em suas próprias casas. Ao final, fazem uma rebelião, querendo fugir do Condomínio.
5. “Falando sério” - é uma coletânea de crônicas sobre problemas comuns do cidadão brasileiro.
Crônicas de "Falando sério":
Fobias – O autor expõe diversos tipos de medos e aversões a alguma coisa (claustrofobia, acrofobia, collorfobia etc.) e brinca com o leitor querendo saber como se chamaria o medo de não ter o que ler.
Anedotas – O narrador faz reflexões sobre as anedotas e diz que nem todos os humoristas conseguem fazê-la, pois é um processo único.
Da timidez – O narrador faz uma exposição sobre pessoas tímidas que, mesmo querendo se esconder de todos, sempre acaba chamando a atenção de alguma forma.
ABC – Comentários irônicos sobre o tamanho das letras de acordo com as idades. Quanto mais velhos ficamos, mais as letras diminuem. Segundo o narrador, esse processo está errado.
6. “Exercícios de estilo”- finaliza a obra, com o autor brincando com estilos de texto sem perder a pose nem a graça.
Crônicas de "Exercícios de estilo":
Amor – “Poema mais ou menos de amor” – alguém que queria ser o guarda-roupa da amada para guardar seus segredos.
Um, dois, três – O narrador diz querer, um dia, fazer uma crônica que enchesse o mundo de magia.
O ator - Um ator leva seu trabalho tão a sério que confunde sua vida com a de seu personagem e acaba perdendo sua própria identidade.
O recital - Um invasor tenta tocar seu instrumento musical (uma tuba) junto com um quarteto de cordas e a confusão se generaliza.
Siglas - Os personagens, preocupados em arrumar uma sigla para seu novo partido, esquecem-se de seus princípios e de suas lutas e, em nome de uma boa sigla para o partido, mudam seus ideais políticos.
Rápido - Em poucas palavras e em forma de diálogos, o autor conta a história de vida um casal que se encontra, casa-se, tem filhos, viram avós e já estão na idade “perigosa”, a de morrer de velhice.
O classificado através da história - O autor faz brincadeiras com a própria língua e com os objetos a serem vendidos, como se fossem classificados de jornais.
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A seguir, leia algumas crônicas contidas em Comédias para se ler na escola:
SEXA
- Pai...
- Hmmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino...
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
- Não devia ser "a sexa"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe, porque não. "Sexo" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer... Olha aqui: tem sexo masculino e o sexo feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "o pal..."
- Chega! Vai brincar, vai...
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
- Temos que ficar de olho nesse guri...
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática...
TINTIM
Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era o triz. Qual a exata definição de um triz? É uma subdivisão de tempo ou de espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, por uma fração de segundo ou de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a meio tintim, ou o tintim a um décimo de triz. Tanto o tintim quanto o triz pertenceriam ao obscuro mundo das microcoisas. Há quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, que tudo pode ser dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora - isto é, o espaço sem fim, depois que o Universo acaba - existiria o infinito para dentro. A menor fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois trizes, e cada triz por dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim por diante, até a loucura.
Descobri, finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas. Originalmente, portanto, “tintim por tintim” indicava um pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito.
Tintim por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo incontrolável progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador habitual viveria plim-plim por plim-plim. E você e eu vamos ganhando nosso salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois tins). Resolvido o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. “Triz”, diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco?
Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições para “triz”. Substantivo feminino. Popular. “Icterícia.” Triz quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o Universo ou teremos que mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O Universo já tem problemas demais.
SEGURANÇA
O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as mais belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.
Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.
Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.
Mas os assaltos continuaram.
Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.
Mas os assaltos continuaram.
Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas
. Mas os assaltos continuaram.
Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.
Mas os assaltos continuaram.
Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
E ninguém pode sair.
Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do garnde portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.
Mas surgiu outro problema.
As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.
A guarda tem sido obrigada a agir com energia.
PAPOS
- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
- O quê?
- Digo-te que você...
- O “te” e o “você” não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
- Eu só estava querendo...
- Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
- Se você prefere falar errado...
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
- No caso... não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dá. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- Por quê?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
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